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Alan Neto: Abalos sísmicos
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Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.

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Alan Neto: Abalos sísmicos

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- TENTAR tapar o sol com a peneira apenas com palavras, que nem sempre convencem, posto que convenientes para a ocasião, não mudam o pensamento do torcedor. Pedir uma trégua é normal, contudo com prazo de validade. Torcidas darem apoio à diretoria e ao elenco surte efeito até o próximo jogo e, claro, depende de qual resultado virá. Se for vitória, um bálsamo para aplacar a onda de indignação.

 

TRÊS VERTENTES

 

- NESSAS três vertentes, se der empate, ainda se engole, mesmo que atravessado na garganta. Caso de derrota rufarão os tambores de guerra. Efeitos do abalo sísmico que o presidente tricolor, Marcelo Paz, rotulou de "crise de resultados", tucanando aquilo que é mais fácil o torcedor entender, ou seja, "crise técnica". Preferiu não empregar o termo talvez para não melindrar Ceni.

 

PRAZO DE VALIDADE

 

- VOTO de confiança dos torcedores tem prazo de validade. Até o jogo de amanhã à noite contra o Vila Nova, outro que está rosnando os calcanhares do G-4, passaporte para o próximo Brasileirão. Menos mal que o jogo será no Castelão, onde o Fortaleza se sente à vontade, porque em casa. Posando de anfitrião o Tricolor vai bem nesta Série B. Somam-se poucos tropeços, o que a rigor alivia um pouco a tensão que tomou conta da torcida.

 

GORDURA QUE SOME

 

- RECEIO maior, evidente, despencar da posição de líder, que ostenta (que palavra!) desde o inicio da Série B, lá se mantém apesar dos últimos quatro péssimos resultados. Esta gordura está se evaporando como por encanto. A subida de quem vinha atrás encostou no Fortaleza, gerando o temor de que tudo possa ruir por terra. Se acontecer embora muito difícil aí será simplesmente catastrófico. Deus que livre o Tricolor desta tragédia, clamam seus torcedores.

 

TROPA DE CHOQUE

 

- SOUBE-SE nos bastidores que a tropa de choque da diretoria tricolor entrou em ação, chamando um a um os atletas para uma espécie de confessionário. Objetivo? Saber se havia algum foco de descontentamento no elenco. Nada foi apurado. Jamais seria. Todos entoaram o mesmo hino. Qual? Aquele de é apenas uma fase que logo passará. Espera-se que a versão deles confira como a verdade. Embora se saiba, reza a lenda, jogador não entrega jogador, em nome de um corporativismo arcaico, é verdade, mas que vinga até os dias de hoje. E assim será por séculos.

 

MERA COINCIDÊNCIA?

 

- REPAREM só para esta interessante coincidência entre os dois rivais. Os mesmos 17 pontos que Ceará busca, desesperadamente, conseguir para bater o martelo, permanecendo na Série A, são os mesmos 17 que o Fortaleza corre atrás para chegar à terra prometida, codinome Brasileirão.

 

FECHADO EM COPAS

 

- E CENI, o blindado, passa ao largo da crise técnica que se abateu sobre o Fortaleza? Pronta-resposta: sim. Vir à público não há menor possibilidade. Diretoria obrigar a fazê-lo? Mais fácil o mar secar e galinha criar dentes. Ademais, quem teria a sublime coragem de abordá-lo?

 

BOLA DA VEZ

 

- LISCA virou mesmo o popstar da torcida do Ceará. Outro dia, num restaurante da Beira-Mar, identificado por diversos torcedores alvinegros, não conseguiu levar à cabo o jantar que pedira. Prato servido, entre uma garfada e outra, aparecia alguém pedindo pra bater uma selfie. Lisca pacientemente atendeu a todos. Perderam-se os números de quantos. Foi então que lembrou-se de concluir o jantar. Mas aí a comida já esfriara...

 

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