Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
Colunista do O POVO, Alan Neto é o mais polêmico jornalista esportivo do Ceará. É comandante-mor do Trem Bala, na rádio O POVO/CBN e na TV Ceará. Aos domingos, sua coluna traz os bastidores da política e variedades.
NÃO se sabia a última vez que a torcida do Ceará vibrava tanto da maneira como o fez ontem após o empate (2 a 2) com o Palmeiras em pleno Castelão cheio.
EMPATE não tirou o Ceará da lanterna, distante quatro pontos de quem está acima dele, no caso, o Bahia. Contudo, deu alento à torcida que há muito precisava deste antídoto.
AFINAL, o adversário era o Palmeiras que veio como franco favorito, até parecia que venceria fácil, ensaiou uma goleada ao disparar 2 a 0 com pouco tempo de jogo. Depois daí, não se sabe porque cargas d’água, resolveu se acomodar.
PIOR para o time palmeirense. Acomodou-se deixou o Ceará tomar gosto pela partida, diminuir ainda no primeiro tempo através de Felipe Azevedo. Foi a senha de que no segundo tempo viria uma enxurrada de emoções.
NÃO deu outra. A partida tornou-se intensa, com o Palmeiras querendo ampliar o placar e o Ceará se entregando de corpo e alma em busca do empate. Quem sabe até virar o jogo. Faltou pouco para conseguir o gol da vitória.
TORCIDA gostou do que viu. E o empate teve sabor de vitória.
ELIXIR DA MORAL
LISCA mexeu tanto no time do Ceará, inclusive improvisando Ricardinho como atacante disfarçado, no primeiro tempo, porém injetou no Ceará o elixir da moral, na base do grito e da motivação. Segundo tempo, quando fez entrar o Elton, ficou mais fácil achar o caminho das redes.
OLHAR DE LINCE
SEQUÊNCIA de jogos seguidos nesta Série A atinge a todos. Palmeiras sentiu isso claramente, visível aos olhos de todos.
TRATA-SE de um bom time, bem armado taticamente, apesar do excesso de passe e da troca de posições dos jogadores em campo com intenção de barafundar o adversário.
MENOS que o Palmeiras tenha se acomodado, especialmente no segundo tempo, quando sentiu que o Ceará podia reagir motivado por sua torcida.
JOGO ficou eletrizante a partir daí, lá e cá, mesmo depois de o Ceará ter empatado em lance de oportunismo de Elton, que pelo menos conhece cada palmo daquele chão.
ÚLTIMO lance do jogo, já nos acréscimos, os dois buscando o gol da vitória, Moisés cara a cara com Éverson fuzilou para o gol, provocando uma defesa que pagou todos os ingressos.
NADA É PARA SEMPRE
COMO nem futebol, nem na vida, nada é para sempre o Fortaleza deu adeus a sua longa invencibilidade de nove jogos.
ALIÁS, perdeu merecidamente, longe daquele Tricolor que sua torcida está acostumada a ver. De repente, impressão dada é a de que todos desaprenderam.
MENOS que o São Bento de Sorocaba seja esses balaios que não é, mais porque o Fortaleza esqueceu sua bola no Pici, de tão mal que jogou. Parecia um bando de desconhecidos.
SAÍDA de Gustavo, ainda no primeiro tempo, foi um alívio para o adversário, mesmo que Wilson, que o substituiu, fizesse o gol de honra.
PARA completar o frango tomado por Boeck no gol da vitória (2 a 1) do São Bento, fez ruir por terra o sonho a possibilidade do empate. Mesmo assim seria injusto para o São Bento. Venceu o menos ruim. Diante de um Fortaleza péssimo e irreconhecível.
FERRÃO, QUEM DIRIA!
REPAREM para o detalhe. Dos clubes cearenses em ação no final de semana, o único a se salvar foi o Ferroviário, ao vencer (1 a 0) o Cordino, em pleno Castelão. Edson Cariús fez o gol da vitória sofrida. Onde o Castelão ajudou? Em nada. O fantasmas de um empate, aliás outro, rondou até quase a reta final. Ferrão único a vencer, vitória que o faz continuar, mesmo às duras penas, nesta tal de Série D. Só não se sabe até quando.
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