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Proprietários terão 30 dias para adequar calçada

2019-02-01 03:59:00
OBJETIVO é fiscalizar se o material do passeio é adequado e não escorregadio
OBJETIVO é fiscalizar se o material do passeio é adequado e não escorregadio

Até agosto deste ano, cerca de 70 vias da Capital devem ser fiscalizadas na operação Calçada Acessível, pela Agência de Fiscalização de Fortaleza (Agefis). O objetivo é verificar se os passeios de grande corredores, nas Regionais I e III, seguem a legislação municipal quanto à largura, ao material utilizado e à altura da construção em relação à via. A inspeção começou na avenida Francisco Sá, no Carlito Pamplona. Até o fechamento desta edição, a Agefis não tinha o número de calçadas vistoriadas.

Pela legislação municipal, o dono do imóvel é o responsável pela conservação da calçada. A princípio, os proprietários terão 30 dias para se adequar às normatizações. Segundo Márcio Bezerra, gerente de Planejamento da Agefis, eles poderão requerer um prazo de até 90 dias, caso haja necessidade de adequação da obra. A vistoria na avenida Francisco Sá começou em frente ao Shopping Carlito Pamplona e deve se estender até o cruzamento com a avenida Jovita Feitosa, na Parquelândia, com prazo marcado para agosto.

O intuito é examinar, nas calçadas dos grandes corredores, se o material com que o passeio foi construído é adequado e não escorregadio, se atendem à largura mínima de 1,2 metro, se possuem acessibilidade de rampa, sobretudo nas esquinas. "A calçada é para todos. Principalmente pra quem tem dificuldade de locomoção, idosos, cadeirantes, até mesmo uma mãe com o bebê no colo ou no carrinho. Precisamos de uma mudança de cultura para que a gente tenha uma calçada mais acessível, em que as pessoas possam caminhar com tranquilidade e usar menos o carro. A cidade se torna mais agradável", informa Bezerra.

Comerciante de um mercadinho na via, Lúcia Forte, 64, foi notificada e precisará mudar o piso de cerâmica do passeio. "Quando fui construir a calçada, me informaram que era antiderrapante, então confiei. Mas vou ter de mudar. Só estou achando ruim o prazo, muito curto", lamenta, antes de ser informada que pode solicitar um prazo maior para o cumprimento da legislação.

O aposentado Aderson Dias, 73, não esquece o momento em que escorregou e fraturou o braço logo mais à frente, na Francisco Sá em direção à Barra do Ceará. "A gente tenta andar com cuidado, mas não tem jeito. Na minha rua, por exemplo, as calçadas não têm padrão. É cada uma de um jeito e o nosso joelho é quem mais sente", lamenta. (Angélica Feitosa)

ANGÉLICA FEITOSA