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Pesquisa desenvolve pomada feita a partir de água de coco
Ciência e Saúde

Pesquisa desenvolve pomada feita a partir de água de coco

|UECE | O produto poderá ser usado para diversos tipos de cicatrização
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Uma pomada cicatrizante feita a partir da água de coco em pó e desenvolvida na Universidade Estadual do Ceará (Uece) está em fase final de testes. O produto já se encontra disponível sob prescrição médica em farmácias de manipulação, até que seja industrializado como dermocosmético.

A professora Cristiane Mello, uma das responsáveis pela pesquisa, afirma que o medicamento é benéfico para diversos problemas de pele, como ferimentos, queimaduras, feridas pós-cirúrgicas e machucados. Especialmente aqueles provocados pelo diabetes.

A água de coco desidratada ou "em pó" foi desenvolvida por Cristiane, pós-doutoranda em Biotecnologia pela Uece, em parceria com José Ferreira Nunes, também professor da universidade e pós-doutorando em Fisiologia da Reprodução. "Baseado na tradição popular de que açúcar fecha feridas e de que a água de coco é boa para a saúde surgiu a ideia de usá-la para o tratamento de feridas", explica a pesquisadora.

O pó mantém todas as propriedades da água de coco in natura e seu conteúdo promove a regeneração dos tecidos. "Sua composição balanceada é rica em açúcares, eletrólitos, vitaminas antioxidantes, todos os aminoácidos essenciais e não essenciais e, principalmente, fatores de crescimento vegetais que atuam nos tecidos promovendo a regeneração do mesmos", afirma Cristiane.

Estudo clínico realizado no Centro de Diabetes e Hipertensão (CDIH) comprovou, inclusive, a redução de 21% do tempo de recuperação de feridas e aumento de 12% na alta dos pacientes após seis meses de tratamento, com a utilização do remédio.

A também secretária-executiva do Programa Profissional em Biotecnologia em Saúde Humana e Animal da Uece explica que a principal motivação para o início das pesquisas foi a situação das pessoas diabéticas, com feridas que não cicatrizavam e levavam à amputação. Ela comenta que o resultado é gratificante, tanto para os pesquisadores quanto para a comunidade. (Luana Façanha/ Especial para O POVO)

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