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O futuro não pode mais esperar!
Ciência e Saúde

O futuro não pode mais esperar!

| TECNOLOGIA E ENSINO | Nada de decorar. Sabe mais quem cria, discute, interage. E a tecnologia é parte fundamental deste processo
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Aprender português, matemática e ciências, na prática. De acordo com as necessidades que a vida e o futuro apresentam. Um ensino voltado para resolução de problemas, com destaque à criatividade e habilidades. Experimentar, colocar a mão na massa, produzir. A tecnologia mudou a educação, fez do aluno um participante e de um kit de robótica e um jogo de videogame, ferramentas poderosas em uma sala de aula. Essa realidade não se pode mais mudar, assim como a necessidade de os professores e gestores públicos estarem mais preparados para ela.

 

A competência número cinco da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), aprovada em 2017, contempla a cultura digital. "Compreender, utilizar, criar tecnologias de forma crítica, significativa e ética", diz o documento. O objetivo é fazer com que os estudantes consigam comunicar-se e conhecer com mais protagonismo e autonomia. Mas se os hardwares, os programas e os equipamentos tecnológicos avançaram tanto e tão rapidamente, a consciência digital das pessoas, incluindo as que compõem a educação, não acompanhou o processo na mesma velocidade.

 

Do uso de placas de memória e programação aos conceitos de cidadania digital, tudo precisa estar planejado pedagogicamente. De acordo com a diretora-presidente do Centro de Inovação para Educação Brasileira (Cieb), Lúcia Dellagnelo, quatro eixos devem ser pensados na política de inovação educativa: visão, planejamento, formação do professor e recursos digitais e de infraestrutura. "Fizemos um diagnóstico e mostrou que as escolas sabem que a alfabetização digital é uma competência do século XXI, mas poucas têm práticas de tecnologia", destacou.

 

No Ceará, alguns estudantes da rede de ensino público já têm acesso a máquinas que imprimem o coração humano em 3D, lousa digital que fazem simulações, salas de aula digitais, equipamentos que fazem tecidos inteligentes, jogos que trabalham números e sustentabilidade enquanto fornecem medalhas e prêmios. "A geração de hoje é conectada, tem acesso à tecnologia muito fácil. E usar isso a favor da aprendizagem é uma estratégia muito legal", avalia Yasmin Carloto Bezerra da Silva, 13, estudante do sétimo ano de uma escola municipal de Fortaleza.

O Ciência & Saúde esteve no VII Congresso Brasileiro de Informática na Educação (CBIE), realizado em Fortaleza no mês de outubro. Viu experiências, ouviu acadêmicos, assistiu palestras que exibiam as dificuldades e os esforços em aplicar conceitos de informática em escolas públicas. Saiu de lá e procurou quem já consegue ensinar e aprender dentro dessas perspectivas. O futuro é tecnológico e as crianças de hoje precisam estar preparadas para seus desafios.

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