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Ultrapassar o ódio
Ciência e Saúde

Ultrapassar o ódio

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Edição Impressa
Tipo Notícia

A vida segue, buscando abrigos. Cuidar de nós, para cuidar de todos, é um caminho que vai além do ódio. É fundamental a conexão com os bons amigos, os encontros para celebrar a vida, as atividades artísticas, a partilha, a empatia, enfim, reforçar os vínculos que nos fazem bem, sugere a psicóloga Alessandra Xavier: "As estratégias de cuidado precisam ser mantidas. Estarmos envolvidos com pessoas que nos apoiam e fortalecem nossa identidade, inseridos em atividades que sejam fonte de esperança, de alegria. Que a gente se sinta conectado e orgulhoso de ser o que é".

 

Cuidar de nossa inteireza, sarar o que foi partido em nós, é ainda um exercício de perceber as fragilidades do outro. Somos semelhantes na complexidade de ser humanos, compõem os especialistas desta reportagem. "Precisamos conversar mais, sentir mais as pessoas, ouvir mais", liga a professora-doutora Kelma Matos.

 

Estamos perdendo o tempo valioso, ela atenta, "pra sentar junto, ouvir como as pessoas estão, pra abraços, conversa. A gente precisa retomar mais a nossa humanidade". E colocar o conhecimento a favor de uma qualidade de vida. "É preciso desarmar as pessoas, no sentido de confiar mais, de tratar melhor, de acolhimento. De que essas couraças possam existir cada vez menos", propõe.

 

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