Ainda criança, em Moreilândia (PE), na divisa com o Cariri, as chamadas pedras de peixe já faziam parte da curiosidade e do imaginário de Edenilce Peixoto. "A paleontologia está presente na minha vida desde criança. Lá em Pernambuco, onde meus pais moram é zona rural e lá tem vários assoreamentos da Formação Romualdo. Quando eu era criança era bem curiosa e que costumava procurar fóssil, eu não sabia da importância que tinha aquilo mas eu tinha a curiosidade de procurar e guardar", conta.
Guardou todas até o início da faculdade de Biologia na Universidade Regional do Cariri (Urca). Foi por lá que se interessou ainda mais pela área. Foi no encontro com o professor orientador Alexandre Sales que fez da curiosidade embasamento para pesquisa que hoje tomou corpo em mestrado e doutorado.
"Ele verificou que tinham estruturas que ele estudou no doutorado, que era a experiência dele. A partir daí surgiu o vínculo entre nós e eu fiz o meu TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) a partir desses fósseis da minha infância", diz. Posteriormente, o interesse da estudante se voltou para os fósseis vegetais, os quais estuda até hoje, mas a gratidão ao primeiro professor permaneceu.
A nova espécie traz essa homenagem no nome. Falecido em 2016, Alexandre Sales inspirou o batismo da nova planta. Pseudofrenelopsis salesii, será agora, também, fonte para muitos outros estudos que virão.