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Estudo aponta para deficiência de genes
Ciência e Saúde

Estudo aponta para deficiência de genes

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Outro estudo, realizado pelo Laboratório de Citogenômica do Câncer, avaliou a medula óssea de 90 agricultores da Chapada do Apodi - 50 que trabalhavam em grandes empresas, 30 agricultores familiares, ambos expostos ao contato com agrotóxicos; e outros 10 que atuavam na agricultura orgânica. Foram feitas as avaliações citogenética (que visualiza os cromossomos) e de expressão gênica (para saber como estava a função de genes que têm como missão corrigir falhas em cromossomos).

 

Conforme os resultados, que utilizam a análise de comparação entre os grupos, confirmou-se que pelo menos oito genes tiveram sua expressividade diminuída em 10 dos trabalhadores que utilizavam agrotóxicos. "Não foram genes escolhidos aleatoriamente, mas que já são conhecidos pela literatura por já terem envolvimento em alguns tipos de câncer", afirmou a pesquisadora, aluna de Doutorado do Laboratório, Isabelle Rocha.

 

A pesquisa, inédita no mundo, chama atenção para a importância do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI). "Se a gente está mostrando que esses genes que protegem estão com a expressão reduzida, isso pode ser por uma mutação, uma deleção gênica. E aí toda vida que você encontra onde esse gene foi quebrado, isso pode gerar uma molécula para tratar esse gene", explica o hematologista e orientador da pesquisa, Ronald Feitosa.

 

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