Uma combinação química é o que possibilita o aumento do fluxo sanguíneo necessário para ereção peniana. De acordo com o farmacêutico Rogério Hoefler, do Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamento do Conselho Federal de Farmácia (CFF), a sildenafila, principal composto do viagra, é capaz de induzir o relaxamento dos músculos lisos da parede dos vasos sanguíneos e, por esse motivo, passou a ser estudados para o tratamento de doenças cardiovasculares.

Foi em um desses estudos que a eficácia da sildenafila para o tratamento da disfunção erétil aconteceu. Sim, por acaso. “Originalmente, foi desenvolvido pela (empresa farmacêutica multinacional) Pfizer para o tratamento de hipertensão arterial e angina do peito (dor torácica associada a doença no coração)”, conta Rogério.

Segundo ele, a substância tinha sido colocada em teste clínico para o tratamento de angina e os pesquisadores concluíram que ela era mais eficaz para produzir ereção peniana do que para tratar a patologia cardíaca. “Até aquele momento, a disfunção erétil era um problema de saúde sem adequado tratamento, por isso, a sildenafila tornou-se uma grande oportunidade no mercado farmacêutico”, conta.