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Apoio psicológico auxilia no tratamento
Ciência e Saúde

Apoio psicológico auxilia no tratamento

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“Vitiligo é a dermatose que mais afeta psicologicamente os pacientes e família. Dermatoses mais graves, como psoríase, são piores para a vida do paciente mas não afetam tanto emocionalmente. É uma coisa impressionante”, afirma o dermatologista Roberto Doglia Azambuja. Ele também tem formação em psicologia e atua no Hospital Universitário de Brasília, um dos centros de referência na área.


Conforme o especialista, o vitiligo pode desencadear diversos problemas psicológicos que vão desde a ansiedade e retração até a depressão, no caso de agravamento. “A primeira coisa que acontece é de a pessoa ficar com medo de que aquela mancha se generalize. Tem pessoa que ficam revoltadas, com raiva das manchas, deprimidas. Tem outras que se sentem rejeitadas e com razão, porque são mesmo. Outras sentem um retraimento”, diz.


Para a dermatologista Araci Pontes, o apoio psicológico é fundamental tanto para controle quanto para autoaceitação. Como forma de superação, cada vez mais, pessoas que têm a doença têm se reunido em comunidades nas redes sociais, criado blogs, e outros diversos meios para gerar uma discussão pública. “Pessoas que dão depoimentos de sua experiência fortalecem outras”, afirma a médica.


Requisitada no mundo da moda internacional, a modelo canadense Winnie Harlow escreveu recentemente no Instagram: “Eu não ‘sofro’ de vitiligo, eu não sou uma ‘modelo com vitiligo’. Eu sou Winnie, eu sou uma modelo, e por acaso eu tenho vitiligo. Parem de colocar esses títulos em mim ou em qualquer outra pessoa. Se em alguma coisa estou tendo sucesso, é em mostrar às pessoas que suas diferenças não definem quem elas são”.

 

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