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Falta equipe especializada na rede pública, segundo médicos
Ciência e Saúde

Falta equipe especializada na rede pública, segundo médicos

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Os médicos que conduziram o reimplante múltiplo de dedos feito no metalúrgico Francisco Nogueira Maia Júnior também dão plantão no IJF. Mas a cirurgia só foi possível em um hospital particular porque o IJF não tem uma equipe para esses atendimentos. “Depende de pessoal à disposição. Treinado, até existe. Sou funcionário e exerço outra função. Faço as cirurgias eletivas e já atendo com demanda superior a que posso atender”, explica o cirurgião de mão Valberto Porto.


Para o ortopedista João Mamede, seria necessário organizar os profissionais “alocados em outras demandas” em uma equipe e mantê-los de sobreaviso: “Alguns casos não podem esperar tanto”. O cirurgião plástico Breno Pessoa também avalia que faltam equipes especializadas no Ceará: “É uma cirurgia muito demorada, requer materiais especiais, uma estrutura toda voltada para isso. Até hoje, nunca teve uma rotina para realizar esse tipo de procedimento”.


Filho do cirurgião plástico Salustiano Pessoa, ele ressalta que o pai foi um dos pioneiros, na década de 1980, a fazer reimplantes no Ceará. E o acesso a esse tipo de cirurgia não foi ampliado. “Sempre foi assim: juntou-se um grupo de amigos ou até pessoas, individualmente, dos anos 80 e 90, para fazer essas cirurgias sem ter, realmente, uma equipe voltada para isso”, expressa.

Ana Mary C. Cavalcante

 


RESPOSTA DO IJF

O POVO procurou o Instituto Doutor José Frota (IJF) para uma entrevista sobre reimplantes, a partir do caso do metalúrgico Francisco Nogueira Maia Júnior. Entre as questões, as condições para atendimento de situações desse porte e como o hospital avalia o procedimento do médico que atendeu Júnior na emergência. A assessoria de Comunicação do IJF respondeu em nota: “O Instituto Dr. José Frota (IJF) é um hospital de nível terciário que atende os casos mais graves em traumatologia. Quanto à questão do reimplante, o hospital realiza o procedimento conforme as condições clínicas e cirúrgicas de cada paciente, portanto são situações inerentes de cada caso. O IJF evolui a todo momento, a fim de atender a população da melhor forma possível.”

 

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