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O começo de uma mudança de hábitos alimentares demanda sempre conhecimento para garantir que as mudanças sejam adequadas para os objetivos. “Muita gente vem ao consultório achando que está fazendo uma dieta low carb mas não está”, alerta Olga Serra, nutricionista especialista em nutrição clínica esportiva. Segundo ela, é importante estar atento às substituições nos alimentos e ao preparo.

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Para comer mais legumes, prepará-los bem temperados ao forno. Algumas mudanças simples como essa a ajudaram funcionária pública Mairta Oliveira, 52, a se adaptar à uma nova rotina alimentar. Ela conta que a opção pela dieta low carb foi movida pela busca de melhorias na saúde. “Eu estava comendo muita massa, pizza, macarrão, pão. Perdia a concentração pensando na hora de comer, vivia com fome. Depois, meu organismo se estabilizou, a questão hormonal mudou bastante”, avalia.
 

“A pessoa tem ideia que é tirar tudo. Mas eu nunca fiz uma low carb radical, troquei os industrializados por comida de verdade. Passei a cozinhar algumas coisas. Qualquer dieta para funcionar tem que ter prazer”, compartilha.
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As mudanças na rotina alimentar, de acordo com o nutrólogo André Guanabara, podem ser acompanhadas de cefaleia e náusea nos primeiros dias. “É como um desmame do carboidrato refinado. Primeiro o refrigerante, depois doces e massas”, enumera sobre a retirada dos alimentos de forma gradativa, para que a redução ocorra sem indisposições.
 

“O que eu acho legal é que não tem alimento milagroso. É muito simples”, conta Renata Matos, que também adotou a dieta há cerca de dois anos. “Ela não lhe prende, eu comecei a conhecer o meu corpo. Me tira a ansiedade das dietas que eu fazia antigamente de comer de três e três horas. Eu sou muito ansiosa e perfeccionista e quando fazia as dietas que precisavam de cardápio e pesar tudo, gerava muito ansiedade. Agora eu tenho essa visão maior do que é melhor para mim”, conta a dentista.
 

Abobrinha recheada, lasanha de berinjela, vegetais preparados com gordura são receitas sempre presentes no cardápio de Renata, que eliminou industrializados e açúcar.
 

Além dos benefícios observados por Mairta e Renata, a low carb é indicada para o controle metabólico em casos de epilepsias refratárias, pré-diabetes e diabetes tipo 2, explica Isolda Prado, médica nutróloga da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran). No caso de mulheres grávidas, idosos e adolescentes, Bruna Brufatto Vagliatti, nutricionista com especialização em estética e emagrecimento não recomenda a dieta low carb por causa da perda de músculo.

Por outro lado, Olga Serra, nutricionista especialista em nutrição clínica esportiva, defende que em alguns casos, idosos e grávidas podem fazer a dieta. “Se for uma gestante que eu já acompanhava, eu continuo mas com algumas mudanças”, explica. (Ana Rute Ramires)

Me tira a ansiedade das dietas que eu fazia antigamente de comer de três e três horas”
RENATA MATOS
Dentista