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A luta que se mantém, mesmo com os avanços da ciência
Ciência e Saúde

A luta que se mantém, mesmo com os avanços da ciência

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Os avanços nas tecnologias de tratamento e prevenção são significativos. Com o Sistema Único de Saúde (SUS), o Brasil é considerado um país modelo nas políticas de combate à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (aids). No entanto, antigas reivindicações como distribuição de medicamentos, exames e redução da rede de assistência ainda persistem.


“A nova medicação é importante, e muito. Mas o grande problema é a assistência que não estamos tendo. As pessoas com HIV deverão ir para a rua em todos os estados no Brasil neste dia 1º de dezembro, porque temos questões em nível nacional, estadual e municipal. Esse foi um dos piores anos”, afirma Vando Oliveira, da Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV/Aids (RNP %2bCeará).


De acordo com ele, haverá caminhada saindo da Praça do Ferreira em direção ao Paço Municipal para reivindicar os direitos das pessoas que vivem com HIV. Em agosto deste ano, o Ministério da Saúde se pronunciou acerca da falta de medicamentos antirretrovirais e exames de carga viral que chegaram a ser suspensos neste ano afirmando a retomada do fluxo de distribuição de medicamentos e exames. Os exames de carga viral, por exemplo, estavam sendo priorizados para gestantes e recém-nascidos e foram suspensos por 90 dias no País.


Outra demanda sinalizada por Vando é a falta de medicamentos para as infecções oportunistas e a implementação de outras políticas como emprego, passe livre, entre outros. “Eles têm priorizado a testagem, as pessoas têm sim o direito de saber sua sorologia o mais rápido possível, isso não tem faltado. Ocorre que as 18 mil pessoas testadas e infectadas que temos aqui no Ceará há dez, 15 anos, como eu também, precisam ter garantido o tratamento”, conclui. (Eduarda Talicy)

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