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Tratamento para retardar amadurecimento é oferecido pelo SUS
Ciência e Saúde

Tratamento para retardar amadurecimento é oferecido pelo SUS

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Com injeções mensais ou trimestrais, é possível fazer o controle dos hormônios nas crianças em puberdade precoce e retardar o amadurecimento do corpo antes do tempo esperado. O tratamento pressupõe ainda exames e consultas de rotina para acompanhar a eficácia das medicações e observar os níveis dos hormônios circulantes na crianças.

A rede pública de saúde oferece as medicações gratuitamente.


“O tratamento tem que interromper a maturação sexual até idade que deveria ser (por volta dos 12 anos), regredir os caracteres sexuais e desacelerar o crescimento esquelético”, lista a endocrinologista Adriana Costa e Forti, diretora do Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão, do Governo do Estado. A unidade é referência no tratamento de puberdade precoce no Estado.


A médica orienta os pais a buscarem ajuda profissional logo ao sinal dos primeiros indícios da doença. “O resultado do tratamento é definido pelo menor intervalo de tempo entre os sintomas e a intervenção”, considera. Adriana explica que o medicamento vai bloquear a recepção do hormônio que implica na puberdade. Isso permite que as crianças não desenvolvam os caracteres sexuais antes do tempo e mantenham a fase preservada até o tempo certo.


Em junho, o Ministério da Saúde aprovou um protocolo clínico específico para a puberdade precoce. O documento estabelece critérios de diagnóstico e tratamento, assim como doses e medicamentos adequados para cada caso. Ele também serve como orientação de profissionais de saúde e para colher dados sobre a doença.


O tratamento é considerado de alto custo. Cada injeção pode variar de R$ 700 a cerca de R$ 2.000. Por isso, a rede pública é procurada pelos pais. Para seguir o tratamento, os pacientes devem ser consultados por pediatras e depois serem encaminhados para os centros de referência. Em Fortaleza, o CIDH e o Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC) oferece tratamento para os casos.

Rômulo Costa



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