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Paciente precisa entender a doença e o tratamento para mudar hábitos
Ciência e Saúde

Paciente precisa entender a doença e o tratamento para mudar hábitos

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A ideia de tratamento centrado no paciente prevê que ele compreenda a doença, os problemas que ela pode causar, por que é importante se tratar e os métodos de intervenção para que o processo se desenvolva da forma mais satisfatória. “Às vezes, a pessoa não sabe o que é a pressão alta, diabetes, para que o remédio funciona, o que o exame diz... Se ela entender, pode ter autonomia para mudar. O adulto só vai mudar o que ele entende que tem alguma vantagem para ele”, diz o médico de saúde da família, André Bonfim.


“A gente vive em um modelo médico tradicional, onde o médico manda e o paciente obedece. Que coloca o profissional de saúde, principalmente o médico, em uma posição hierarquizada acima do paciente. Hoje, a gente tá mudando isso. A gente coloca o paciente em posição ativa: ‘olha, você tem isso, vamos combinar o que é melhor’.

Tem paciente até que estranha: ‘mas o senhor não é o médico?’”, relata.


A endocrinologista e diretora do Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão (CIDH) do Ceará, Adriana Forti, explica a importância da compressão do processo. “A educação não pode ser um item do tratamento, tem que ser a base e estar impregnada na atenção que o médico, o enfermeiro, o assistente social e o nutricionista dá. Todas as ações, instruções, tentativas de modificação e de aceitação que o paciente tenha são atitudes que devem partir mescladas com a educação terapêutica”, argumenta.


Ela explica que, encaminhados pelas unidades primárias de saúde, no CIDH, o paciente pode passar por processos de educação em grupo ou individual, onde aprende sobre a doença, como fazer o exame e aplicar a insulina, por exemplo. Além de poder realizar atendimento com médico, enfermeiro, nutricionista e assistente social. (Ana Rute Ramires)

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