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Empoderamento do paciente é caminho para tratar diabetes e hipertensão
Ciência e Saúde

Empoderamento do paciente é caminho para tratar diabetes e hipertensão

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O diagnóstico de uma doença crônica requer cuidados especiais e mudança de hábitos. No entanto, o tratamento de diabetes e hipertensão costuma ser negligenciado, muitas vezes, porque as patologias são assintomáticas. Apesar do perigo, é grande o número de pacientes que se descuidam com medicamentos, alimentação e bons hábitos, como evitar sedentarismo, obesidade e estresse. Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), a adesão ao tratamento de doenças crônicas está entre 20% e 30%.


O número preocupa. Dados do Ministério da Saúde apontam que são mais de 14 milhões de diabéticos e de 30 milhões de hipertensos no Brasil. O que representa aumento de 61,8% e 14,2%, respectivamente, em uma década. Não seguir as orientações médicas, de acordo com o cardiologista Marcus Malachias, presidente da SBC, pode reduzir em 16,5 anos a expectativa de vida do hipertenso, por exemplo.


“A consulta médica é apenas um dos pontos. Quando a pessoa tem a noção do autocuidado, que ele é o administrador da sua saúde, nós conseguimos um melhor resultado. O médico é um orientador e o faz traduzindo a mensagem da ciência”, destaca Malachias, professor da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais.


A perspectiva de uma mudança de hábitos a longo prazo, muitas vezes, assusta quem se depara com o diagnóstico de uma patologia crônica.

“Nós temos uma doença que não tem cura mas tem controle. A gente sabe, por outro lado, o quanto é difícil tratar uma doença que envolve hábitos de alimentação, uso de medicamentos, disciplina, educação, equilíbrio de vida”, pondera a endocrinologista e diretora do Centro Integrado de Diabetes e Hipertensão (CIDH) do Ceará, Adriana Forti.


Adriana salienta que, para conquistar resultados mais consistentes e duradouros, o paciente deve ser membro da equipe de tratamento e estar integrado em todo o processo. “Ele tem que ser um elemento ativo”. Especialistas no assunto argumentam que a solução perpassa o empoderamento e o protagonismo do paciente acerca do próprio tratamento. Além disso, trabalho em conjunto com equipe de saúde multidisciplinar e apoio da família também são essenciais.


Nesta edição, o Ciência&Saúde discute a importância do autocuidado para o tratamento de hipertensão e do diabetes. Especialistas analisam dados sobre o tratamento no Ceará e no Brasil, e apresentam caminhos que podem ajudar pacientes e familiares a conviver de forma consciente e duradoura com a doença.

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