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O embate ético diante dos usos da inteligência artificial
Ciência e Saúde

O embate ético diante dos usos da inteligência artificial

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No final de 2015, pela primeira vez, a Google testou seu protótipo de carro sem motorista fora dos muros do Vale do Silício, região dos Estados Unidos onde estão localizadas as principais empresas de alta tecnologia. O carro autônomo, que se dirige sozinho, já começou a ser utilizado por moradores da cidade de Phoenix, em nova fase de testes com o público, em abril deste ano.


Junto com o desenvolvimento, essa área da ciência levanta uma série de discussões éticas a respeito dos usos da IA e da inteligibilidade de máquinas. Desde questões como desemprego até possíveis substituições afetivas como a escolha de um cachorro robô, por exemplo.


No entanto, Edson Prestes, membro sênior do Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos (IEEE), afirma que “não existe uma inteligência real igual à do ser humano”. Segundo ele, o impacto do desenvolvimento das IAs é visto de forma muito boa, diante de uma robótica que venha a ser utilizada para ajudar nas nossas tarefas cotidianas.


“Robôs que vão permitir a mobilidade de pessoas com severas limitações motoras, para minimizar consequências de cirurgias, para otimizar atendimento e tratamentos de saúde, para tratamentos de crianças, que vão na verdade aumentar postos de trabalho, ao invés do contrário”, considera.

 

Ficção científica

De acordo com ele, o receio de muitas pessoas em relação às IAs está ligado ao discurso de filmes de ficção científica. “São cenários distópicos retratando apocalipses robóticos. Mas isso é uma visão muito diferente do que os especialistas acreditam. É importante saber que o que tem sido implementado dentro de um sistema de IA é um programa, um algoritmo”, argumenta.


Para a engenheira da computação Katarina Hachem, 25, é na relação instintiva que a Inteligência Artificial esbarra. “Movimentos simples nossos do dia a dia, como ver uma porta e entender que é preciso girar a maçaneta para abri-la, são extremamente complexos para os computadores e é nisso que as IAs esbarram”, comenta. (Eduarda Talicy)

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