O POVO - Há frequência ideal para a prática de Gyrotonic?
José Meudo - A frequência de treino varia a cada quadro. Existem praticantes em pré e pós-operatório, outros com lesões para tratar, outros saudáveis e até atletas. Ou ainda crianças com paralisia cerebral e dificuldades de locomoção, por exemplo. Para muitos, se torna a prática ao se identificar com os exercícios e tipo de treino.
OP - Qual a essência da técnica?
Meudo - Os giros para tonificar se dão por entendermos que todo movimento do corpo exige um movimento rotacional, desde sentar-se a abrir uma torneira. A musculação tradicional é linear, mas, no Gyrotonic, a articulação trabalha aspectos tridimensionais. Corrigir a postura, ao passo que melhora a consciência corporal e respiração, alongar e fortalecer os músculos são os pilares do método. Manter-se ereto exige força muscular, músculos nem sempre trabalhados em modalidades convencionais de exercício. Há ainda uma visão holística, por acreditarmos que todos os movimentos trabalham secundariamente a abertura dos chakras. O alongamento de uma articulação, por exemplo, desbloqueia canais de energia. Vai dar estrutura espiritual, psicoemocional e energética ao mesmo tempo.
OP - Hoje, qual o treino personalizado para o Xand?
Meudo - O treino dele é bem mais puxado porque a gente já conseguiu estruturar a coluna dele e houve perda de peso. Hoje em dia, a gente tem que ter um treino específico para melhorar condicionamento no palco, dadas as mudanças na carreira e novas exigências do ano passado para cá. A abordagem também mudou. Passou a crise de dor, com a descompressão do disco intervertebral e condicionamento postural. Agora, a gente faz com que a dor não volte, a parte mais importante do tratamento.