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Doenças transmitidas por alimentos mataram 111 pessoas em dez anos
Ciência e Saúde

Doenças transmitidas por alimentos mataram 111 pessoas em dez anos

Enfermidades causadas pela ingestão de comida contaminada causaram a morte de 111 pessoas no Brasil nos últimos dez anos. Ficaram doentes 121.283 pessoas
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Comer e beber são atos tão essenciais quanto naturais na vida. No entanto, ao passo em que se alimentar nos fortalece, é possível também que, quando não ocorre da maneira correta, se transforme em algo nocivo ao corpo. As chamadas Doenças Transmitidas por Alimentos (DTAs), conceitualmente, são as síndromes constituídas de efeitos ruins à saúde causados pela ingestão de agentes patogênicos por meio das refeições. Entre esses sintomas, os mais comuns são: diarreia, dor abdominal, vômito, náuseas, cefaleia, febre entre outros.


De acordo com gerente da Unidade Técnica de Doenças de Veiculação Hídrica e Alimentar (UHA/CGDT) do Ministério da Saúde, Rejane Alves, 90% dos agentes causadores dessas doenças são bactérias como Escherichia coli, Salmonella e Estafilococos aureus.


Surto

Segundo o Ministério da Saúde, pode ser considerado surto de DTA a situação em que duas ou mais pessoas apresentam os mesmo sinais e sintomas após ingerir alimentos ou água de mesma origem. Uma boa notícia é a de que, segundo o órgão, 2016 foi o ano que apresentou menor quantidade de surtos (354) no Brasil desde 2007. No entanto, os números desse período assustam. Nos últimos dez anos, foram registrados 6.848 surtos de DTA com 121.283 doentes. Os casos mais graves ocasionaram em 111 óbitos.

 

O perfil epidemiológico divulgado pelo órgão aponta ainda que dois terços (66,9%) desses casos não têm um alimentos específico identificado como meio transmissor da DTA. Outro dado relevante é que o maior número de situações (38,8%) ocorreu pela ingestão de comida na própria residência do indivíduo.


Os cuidados para evitar as DTAs são básicos. Medidas simples que dificultam a contaminação desses alimentos. “O prioritário é higiene pessoal e domiciliar. Ter sempre o cuidado de que tanto o manipulador do alimento quanto o meio em que ele se encontra estejam limpos. Isso dificulta e muito a contaminação pelos agentes patogênicos”, diz ela.


Outro fator apontado como primordial para a melhor conservação do alimento é a temperatura. Rejane afirma que, ao se manter um alimento sob refrigeração abaixo de -5º C, as bactérias presentes têm dificuldade em se multiplicar. Quando essa refeição é aquecida acima de 60º C, é maior a probabilidade de matar esses agentes. “Manter a comida longos períodos em temperatura ambiente cria o meio ideal para proliferação desses agentes”, alerta.

 

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