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Uma questão de amor
Ciência e Saúde

Uma questão de amor

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Instigado pela equipe do O POVO a falar sobre minha experiência e de minha família com meu filho George, um lindo (comentário de pai, claro!) e simpático autista que ilumina os nossos dias, pensei em qual das inúmeras abordagens poderia dar. E resolvi focar em duas palavras que considero fundamentais: informação e amor. Elas são chave para um convívio rico e pleno em bons sentimentos com essas pessoas maravilhosas. Com elas descobrimos que o diferente nada mais é do que apenas um outro jeito de ver, sentir e amar. E nós, pais, familiares e até mesmo educadores, precisamos estar abertos para entender isso.


Não apenas por minha formação em Jornalismo, mas desde criança sempre acreditei muito no poder da informação. E da conscientização por meio dela. Claro que receber a notícia de que seu filho está no espectro autista nunca é fácil, mas isso foi visto de maneira tranquila tanto por mim quanto pela minha esposa Renata. No meu caso, considero que tem um pouco de tudo em nossa fórmula particular. Minha fé sólida; a gratidão por ter um filho tão maravilhoso como o George, que emana boas energias; e a certeza de que, com informação e procurando as melhores maneiras de se abordar o assunto na prática, conseguiremos dar a nosso filho as condições de construir sua independência.


Nesses dois anos de convivência com o autismo, tenho visto muitos pais angustiados e que acabam por se entristecer a ponto de se paralisarem na busca por dar amor, carinho e conforto aos seus filhos, que, acreditem, entendem tudo o que eles dizem e o que se passa ao seu redor. No entanto, cada um tem um jeito próprio de assimilar essas coisas e, mais ainda, de interagir com o mundo. Mas o amor em sua essência costuma dar a tranquilidade necessária para se compreender a situação. E se você está aberto para o amor e não se deixar vencer pelo medo, vai enfrentar isso com mais maturidade.

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