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Música é usada para estimular autistas
Ciência e Saúde

Música é usada para estimular autistas

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A canção como possibilidade de desenvolvimento sensorial e expressivo foi o que chamou a atenção de Fábio Dória. Formado em psicologia, ele uniu a paixão pela música e pelo trabalho com pessoas com autismo e, há dez anos, o profissional trabalha como cuidador e professor.


De acordo com ele, a técnica se constitui como um processo em torno da facilitação e aproximação do universo musical para os alunos. “É música aliada à ação em um atendimento que foi construído ao longo dos anos, balizado por equipes multidisciplinares em níveis de saúde, onde o quesito cultural vem pela expressão corporal, o canto, a dança, a relação que cada pessoa tem com determinado som”, detalha.


Ele afirma que os autistas têm graus diferentes de comprometimento na interação social, comunicação global, padrões restritos de interesses e problemas sensoriais.

“É importante não quebrar a rotina do tratamento e que ele seja observado pelo médico, pela fono, pela terapeuta ocupacional, pedagoga e todas poderem passar seus saberes uns pros outros no ato do atendimento e em reunião. A música, em quase todas essas situações, vai ser de extrema valia para a auto-regulação emocional”, reforça.


Além dos atendimentos, o terapeuta tem trabalhos como músico em projetos com artistas com Vanessa da Mata e Otto. Em relação à possível dualidade do trabalho, ele responde: “Os conceitos se misturam e a música é tudo isso: é show, terapia, experiência, neurociência, sonoridade, vibração, percepção, movimento, comunicação não verbal e emoção”, ensina.

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