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Páscoa sem culpa: chocolate traz benefícios

02:00 | 08/04/2019

A Páscoa é o período de maior consumo de chocolate no País e, para muitos, sinônimo de excessos. Mas você sabia que o chocolate pode fazer muito bem e, inclusive, pode ser ingerido todos os dias?

Se tiver pelo menos 70% de cacau, segundo Mirella Costa, nutricionista da Clínica Somnis, o chocolate amargo, tem quase o triplo de polifenóis que o chocolate ao leite. Os polifenóis estão dentro do cacau e são fundamentais para estabilizar a membrana de todas as células. São poderosos antioxidantes, corrigem os radicais livres que danificam os tecidos. A maioria dos chocolates ao leite têm menos de 10% de cacau.

O gosto do chocolate amargo não agrada a todos, uma dica para pessoas que não estão habituadas ao sabor do chocolate amargo, mas querem se desfrutar dos benefícios à saúde é consumir todos os dias um pedacinho de chocolate amargo misturado com um damasco, uma uva passa, uma castanha e misturando aos poucos, adocicando o sabor. O cacau também tem cafeína, tiramina e teobromina, estimulantes que melhoram o funcionamento do cérebro, aprimorando o raciocínio, lembra a nutricionista.

COM DOÇURA, É POSSÍVEL PREVENIR O DIABETES 2

Chocolate e morangos são escudos contra o diabetes. Essa combinação é rica em flavonoides, um composto ligado à coloração de frutas e vegetais e capaz de reduzir os níveis de glicose no sangue. Especialistas acreditam que a substância pode conter outras doenças crônicas, como o câncer.

Pesquisadores ingleses encontraram no chocolate substâncias naturais que regulam a quantidade de açúcar no sangue — um desequilíbrio nesse processo caracteriza a diabetes, doença crônica que no Brasil, afeta mais de 12 milhões de pessoas.

Segundo o Journal of Nutrition, muitos outros alimentos têm essa capacidade, e revela que o segredo está nos flavonoides, moléculas que conferem cor a frutas e vegetais e são ingeridas quando se consomem delícias como cacau, morango, vinho e frutas vermelhas. A ciência reconhece inúmeros benefícios dos mais de 6 mil flavonoides existentes nos alimentos.

De acordo com um estudo da Universidade de East Anglia (UEA) e do King´s College de Londres, ambos no Reino Unido, o consumo elevado desses alimentos reduz a resistência à insulina e melhora a regulação da glicose no sangue. A pequisa, que foi realizada com duas mil mulheres saudáveis, também descobriu que esses grupos de alimentos reduzem inflamações que, quando crônicas, estão associadas com diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares e câncer.

Vale lembrar que são os flavonoides que fazem bem para a saúde, e não os alimentos e bebidas em si. Portanto, comer barras de chocolate sem orientação médica e nutricional pode não ativar a proteção contra o diabetes tipo 2 e ainda causar o efeito contrário.

 

José Meudo Filho

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