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Agência fecha e deixa estudantes no prejuízo
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Agência fecha e deixa estudantes no prejuízo

| INTERCÂMBIO | Pelo menos seis cearenses estão entre os mil estudantes lesados pela agência Time2Travel
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Pelo menos seis cearenses estão entre os mil estudantes, aproximadamente, que foram lesados pela agência de intercâmbios Time2Travel. No último mês de junho, a empresa publicou nas redes sociais o congelamento das atividades alegando problemas financeiros. Estudantes que já estão em viagem fora do país estão sem o suporte que seria oferecido pela empresa. Alguns chegaram a ser expulsos das moradias estudantis.

No anúncio de encerramento das atividades, a agência orientou a quem tinha contrato e parcelas abertas a não pagar. Todos os alunos deveriam entrar em contato com a empresa por email. "A gente não sabe se eles estão falando a verdade, como está realmente a situação. Não temos nenhuma resposta deles", relata a gerente Josyane Ramos, 27, que já pagou a entrada e uma das 23 parcelas para a experiência em Dublin, Irlanda.

Esse também era o destino do publicitário Fernando Lima, 28, que pagou quase R$ 8 mil. Ele teria duas semanas de acomodação, transfer e o acompanhamento nos primeiros dias de intercâmbio. Com passagem já comprada, ele não desistiu do sonho. "Procurei e pesquisei muito até fazer o contrato. Fiz o máximo que podia para poder pagar a vista. Vou procurar uma escola mais simples para conseguir pagar de novo", diz.

Além do ressarcimento do que foi pago indevidamente, as despesas feitas novamente para realizar o intercâmbio também devem ser pagas pela Time2Travel, conforme Catherine Jereissati, membro da Comissão de Defesa do Consumidor da OAB Ceará. "A partir do momento em que eles admitem que não têm como cumprir o contrato, já é a prova absoluta. Devem responder não só no âmbito civil mas também no criminal por abandonar os clientes", explica.

De acordo dom Catherine, a situação é mais crítica para quem já está em outro país. "Já estão em risco e vulnerabilidade. Alguns são menores de idade. Por mais que tenham discernimento, estão em um local estranho. Alguns intercambistas estão sendo colocados para fora, sendo despejados. Outra questão preocupante é o seguro saúde".

A advogada Camila Diniz, que representa cerca de 100 dos clientes lesados, estima que a empresa deve R$ 14 milhões.

Resposta

A empresa não responde emails nem atende ligações. "Oportunamente informaremos as possibilidades para solucionarmos todas as pendências, se possível, já contatando a todos", informou em publicação
no site.

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