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Procissão celebra corpo e memória de Jesus Cristo
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Procissão celebra corpo e memória de Jesus Cristo

| Corpus Christi | Depois de missa, fiéis católicos percorreram ruas do Centro
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PROCISSÃO com o arcebispo dom José Antônio Aparecido Tosi (Foto: AURELIO ALVES)
Foto: AURELIO ALVES PROCISSÃO com o arcebispo dom José Antônio Aparecido Tosi

O corpo e a memória de Jesus Cristo foram celebrados nesta quinta-feira, 20, em Fortaleza, por centenas de católicos. O ritual começou às 16 horas com missa no Santuário São Benedito, seguiu com procissão até a Catedral Metropolitana e se encerrou, lá, às 18h40, com benção solene.

"Não é por acaso que celebramos Corpus Christi depois do domingo da Santíssima Trindade", observou o arcebispo dom José Antônio Aparecido Tosi Marques, na missa que presidiu no Santuário São Benedito ao lado de religiosos sacramentinos e padres da arquidiocese. Segundo ele, a festa representa a possibilidade de, em terra, viver a eucaristia de forma semelhante à vivida no céu, conforme as mensagens bíblicas. "É o que Jesus trouxe para nós", lembrou. Ensinamentos para que todos possam existir "em plena comunhão" e igualdade.

Conduzindo sua bicicleta sozinho e a pé durante a procissão que se seguiu à missa no santuário, o analista de sistemas Heládio de Oliveira Basílio, 31, comentou que só participou de peregrinação semelhante quando adolescente, com a mãe, e que o momento estava bonito. "Deu vontade de vir e gostei muito de ter vindo. Os cantos são muito belos", disse.

Com a filha de três meses no colo, Rayany Rodrigues, 26, celebrou Corpus Christi para se fortalecer. Há três meses, em Juazeiro do Norte, onde mora, o esposo dela sofreu um acidente de trabalho e teve 50% do próprio corpo queimado. "Ele tinha expectativa de vida zero. Mas Deus pode tudo, né? Eu não consigo expressar o que sinto. Participar desses momentos me traz paz, me fortalece", assumiu. Até o que marido se recupere no Instituto Doutor José Frota (IJF), onde está sendo assistido, a família deve continuar morando temporariamente na Capital. O que deve possibilitar a Rayany participar de outros momentos como esse promovidos pela arquidiocese.

Francisco Ferreira de Souza, 69, fotógrafo, diz também encontrar força em Cristo. Há sete anos, nessa mesma data, ele decidiu abandonar o apoio de muletas para andar — precisava delas devido a um acidente de trânsito sofrido em 2006. Foi quando participou pela primeira vez da procissão em comemoração ao filho de Deus. Hoje, percorrendo sozinho a procissão, sem nenhum suporte, resumiu: "Estou feliz".

Com apoio de agentes da Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), os fiéis percorreram ruas e avenidas do Centro como Clarindo de Queiroz, Tristão Gonçalves, Duque de Caxias, Barão do Rio Branco e Castro e Silva. Em frente à Igreja do Carmo, na Duque de Caxias, se depararam com alguns metros de um caminho feito dos tradicionais tapetes de Corpus Christi.

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