Logo O POVO+
Cogerh diz que estuda acionar fornecedoras na Justiça
CIDADES

Cogerh diz que estuda acionar fornecedoras na Justiça

Segundo o órgão, o desgaste na tubulação ocorreu de dentro pra fora e não teria, necessariamente, relação com erro de instalação apontado pela CGU
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
 (Foto: )
Foto:

Responsável pela coordenação da montagem de adutoras questionadas pela Controladoria Geral da União (CGU), a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh) culpa a empresa fornecedora dos tubos e diz que estuda "medidas judiciais" no caso, mas destaca que o assentamento das adutoras ocorreu em momento de "absoluta emergência".

Apesar disso, a Cogerh aponta que inspeções internas feitas pelo órgão "apontam que a corrosão registrada na tubulação ocorre de dentro para fora, não guardando, necessariamente, relação de causa-efeito com o contato com o solo". Exatamente por isso, a companhia estuda medidas judiciais contra a empresa fornecedora dos tubos.

Segundo a CGU, a montagem dos equipamentos foi feita com "erros grosseiros e graves", o que teria contribuído para o desgaste do material. "As cidades a serem abastecidas através dos equipamentos estavam na iminência do colapso hídrico", rebate a Cogerh, que afirma que, com erros ou não, o objetivo inicial de socorrer os municípios foi cumprido pelas adutoras.

A Cogerh destaca ainda que, no momento da fiscalização, algumas das adutoras não estavam funcionando pois os mananciais que abasteciam originalmente os municípios "resgatados" já haviam recuperado seus estoques de água. "Com isso, o abastecimento voltou a ser feito a partir dos sistemas originais", afirma.

O POVO tentou entrar em contato com as empresas PIPE e Hydrostec, responsáveis pelo fornecimento das tubulações, mas não conseguiu obter resposta. Em defesa feita à CGU, no entanto, ambas negaram irregularidades e disseram ter recomendado o revestimento interno visando um aumento da vida útil da tubulação.

Ambas apresentaram ainda certificados que atestariam a qualidade do material utilizado. A Hydrostec chegou a afirmar inclusive ter protocolado, em novembro de 2014, um relatório na Cogerh apontando irregularidades no assentamento de adutoras colocadas diretamente sobre o solo e recomendando o revestimento de suportes de concreto.

O que você achou desse conteúdo?