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Câmara lança selo de combate à exploração sexual
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Câmara lança selo de combate à exploração sexual

| Crianças e adolescentes | Iniciativa envolve sociedade civil e visa combate ao crime na Capital
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PRESIDENTE DA Câmara Municipal de Fortaleza, Antônio Henrique, no lançamento do selo (Foto: Mateus Dantas)
Foto: Mateus Dantas PRESIDENTE DA Câmara Municipal de Fortaleza, Antônio Henrique, no lançamento do selo

Fortaleza conta com uma nova arma de combate à exploração sexual na infância e adolescência: o selo Amigo da Criança e do Adolescente. Criado pela Câmara Municipal de Fortaleza, o selo representa uma parceria entre a sociedade civil e o poder público, em que empresas e entidades se comprometem a enfrentar esse tipo de crime, seja proibindo a prática no interior dos estabelecimentos comerciais, seja por meio de denúncias às autoridades competentes.

"Essa é uma iniciativa que nós queremos que a sociedade civil abrace. O objetivo é chamar a conscientização de todos que são proprietários de bares, restaurantes, hotéis, postos de gasolina, taxistas, enfim, todas as pessoas jurídicas e físicas que queiram aderir a esse selo", explica o vereador e presidente da Câmara, Antônio Henrique.

A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Ceará (ABIH-CE), o Sindicato dos Taxistas do Ceará (Sinditaxi) e a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-CE) participaram, ontem, do lançamento do selo, no Centro Cultural Belchior, na Praia de Iracema. A ideia é que os trabalhadores dos setores sejam aliados nessa parceria.

"A conscientização, a educação, é a base de tudo, mas quando tomarmos conhecimento de um fato relacionado a esse tipo de crime, iremos denunciar, para que isso seja, de maneira veemente, reprimida pelas autoridades", compromete-se Francisco Moura, presidente do SindiTaxi. Segundo ele, parte do trabalho será de conscientizar não só os cerca de seis mil taxistas da Capital, como também clientes e familiares.

No lançamento, também foi celebrado Termo de Cooperação entre a Câmara e a Fundação da Criança e da Família Cidadã (Funci). Segundo Glória Marinho, presidente da Funci, um seminário deverá ser realizado para esclarecer os diversos profissionais que aderirem ao selo, acerca da exploração sexual de crianças e jovens.

"O maior desafio em Fortaleza no combate é de que as pessoas tomem consciência, façam a prevenção, saibam quais são os comportamentos que estão indicando que está existindo alguma violência e denunciem. E também levem ao conhecimento da Dececa e dos outros órgãos responsáveis, para que as devidas providências sejam tomadas", frisa Glória.

Denúncia

Dados do Disque 100 mostram que, em 2018, foram registradas 17.093 denúncias de violência sexual contra menores de idade no Brasil. A maior parte delas é de abuso sexual (13.418 casos), mas há denúncias também de exploração sexual (3.675).

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