O Ceará detém a quinta pior renda média do Nordeste a partir da avaliação de linha definida pelo Banco Mundial (Bird) e usada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com 44,7% da população na pobreza. O Estado fica atrás do Maranhão, Alagoas, Piauí e Bahia. São considerados pobres aqueles que vivem com até US$ 5,50 por dia, o equivalente a R$ 22 por dia a partir de cotação de ontem, 16. Para a condição de extrema pobreza, o teto é US$ 1,90. No Nordeste, a pobreza já atinge 44,8% da população — mais de 25 milhões de pessoas. O Maranhão é o estado com maior percentual de pobres no Brasil e, no último ano pesquisado pelo IBGE, a fatia cresceu ainda mais: de 52,4% para 54,1%.

No Nordeste, o rendimento médio equivale a apenas 69% do valor alcançado pela média nacional. E a desigualdade, que aumenta a cada ano, fica escancarada neste indicador: o trabalhador maranhense recebe em média menos de um terço do que ganha um empregado em Brasília.

O número de pobres cresceu na maioria dos estados brasileiros, num total de dois milhões segundo a pesquisa do IBGE, de 2018. No País, quase 55 milhões vivem abaixo da linha de pobreza. Houve aumento em todas as regiões, menos no norte do País, onde estados como Amazonas, Acre e Rondônia ficaram na contramão da tendência segundo a última fotografia do IBGE. (Sabrina Lorenzi, da Agência Nossa)