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Castanhão para de abastecer a Capital temporariamente
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Castanhão para de abastecer a Capital temporariamente

| situação hídrica | Capital será abastecida por açudes da Região Metropolitana enquanto Castanhão aumenta volume
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Foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) de ontem, 16, resolução que limita a vazão do açude Castanhão para perenização do rio Jaguaribe a 3,5 metros cúbicos por segundo. Para Fortaleza e Região Metropolitana, não haverá transferência de água no período.

A Capital e municípios próximos seguirão abastecidos pelos reservatórios do sistema metropolitano, que tiveram boas recargas com as chuvas desta quadra chuvosa.

Até então, eram liberados 5 metros cúbicos por segundo para Fortaleza e 6,7 metros cúbicos por segundo para o Vale do Jaguaribe.

A medida é válida até o próximo dia 30 de junho. O documento foi assinado pelo presidente do Conselho de Recursos Hídricos do Ceará (Conerh), Francisco José Coelho Teixeira, e pelo secretário executivo do órgão estadual, Carlos Magno Feijó Campelo.

Em caso de emergência ou mudança de cenário, a resolução pode ser alterada antes desse prazo, na próxima reunião mensal do Conerh. A redução da vazão já passou a vigorar antes mesmo da publicação, após a reunião do órgão.

A intenção é aproveitar o período chuvoso, que permite o abastecimento dos municípios sem necessidade de usar a água do Castanhão. Espera-se que o açude armazene mais água até o fim da quadra chuvosa, em 31 de maio, e no mês seguinte.

A ideia é acumular reservas para quando a situação ficar mais crítica e para quando não houver chuvas significativas no Ceará, no segundo semestre.

Na prática, atualmente, a vazão liberada para o Jaguaribe está abaixo dos 3,5 metros cúbicos por segundo definidos como limite. Isso porque as chuvas desta quadra têm permitido manter o abastecimento com nível menor de liberação.

Maior açude do Ceará, o Castanhão foi o reservatório que teve o segundo maior aporte deste ano, atrás apenas do Araras. Apesar disso, a situação ainda é crítica.

Com a água recebida, pela primeira vez no ano, o Castanhão ficou acima de 5% de sua capacidade máxima. Atualmente, o nível é de 5,12%.

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