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Sindicato das escolas particulares pede rondas policiais
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Sindicato das escolas particulares pede rondas policiais

| Segurança | Após massacre de Suzano, Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará diz que enviará ofício à SSPDS na segunda-feira
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QUESTÃO da segurança das escolas tem medidas distintas conforme gestão (Foto: Fco Fontenele)
Foto: Fco Fontenele QUESTÃO da segurança das escolas tem medidas distintas conforme gestão

O massacre que tirou a vida de dez pessoas e deixou outras 11 feridas na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, na Grande São Paulo, na quarta-feira, 13, levanta debates em todo o Brasil sobre diversos temas. Um deles é a segurança no entorno e na entrada das escolas. Airton de Almeida Oliveira, presidente do Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino do Ceará (Sinepe), afirmou que na segunda-feira, 18, enviará ofício à Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), solicitando "maior atenção ao entorno das escolas e atuação de rondas".

Secretaria Municipal da Educação (SME) e a Secretaria da Educação (Seduc) responderam, por meio de nota, que realizam políticas de mediação de conflitos e contam com vigilância.

"O sindicato conversou com as escolas da rede de educação da livre iniciativa para que oficialize o poder público sobre a segurança. Vamos enviar um ofício, estamos elaborando para ser entregue na segunda-feira. Se tivesse uma parceria com as autoridades, como rondas no entorno das escolas, já intimidaria mais. Vamos pedir providências", explicou o presidente do Sinepe.

Além disso, ele frisa que as escolas estão conscientizando funcionários para que os "alunos comuniquem qualquer coisa suspeita".

"As famílias, principalmente, têm de estar atentas aos seus filhos", ressaltou Airton Oliveira. Ele destaca que, no ano passado, diretores, coordenadores e professores passaram por formação que abordou temas como o suicídio. O treinamento, de acordo com o presidente do Sinepe, deve repercutir "para que eles tratem o assunto continuamente ao longo do ano".

A SME informa que "controla o acesso às unidades com a presença de monitor na recepção à comunidade escolar, além de vigilância patrimonial e porteiros noturnos". A rede também conta com a Célula de Segurança Escolar, que realiza, em ação conjunta com a Inspetoria de Segurança Escolar da Guarda Municipal (ISE), "um trabalho preventivo nas escolas, com viaturas e equipes treinadas, que prestam assistência, com patrulhamento ostensivo e rondas diárias". Na prevenção, "as equipes realizam palestras, contação de histórias, rodas de conversas e teatro de fantoche".

A pasta estadual afirma que as escolas da rede "dispõem de vigilância armada" e contam com a "parceria da Secretaria da Segurança Pública para intensificar ações de policiamento". No campo da prevenção, a Seduc conta com Célula de Mediação Social e Cultura de Paz que atua no "fomento de ações voltadas para a prevenção da violência dentro do espaço escolar, criando um ambiente pedagógico seguro, acolhedor e propício ao desenvolvimento intelectual, humano e social". Também há o incentivo à criação dos núcleos de mediação para minimizar os impactos dos conflitos nas escolas.

Estado de São Paulo

Após o massacre em Suzano, a Secretaria da Educação de São Paulo anunciou a revisão dos procedimentos de segurança. As medidas contemplam a instalação de sistemas eletrônicos e a presença de policiais.

Suzano

Após a tragédia, as aulas em todas escolas públicas estaduais e municipais de Suzano foram suspensas. Professores discutiram propostas para acolhimento da comunidade escolar.

 

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