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A prefeitura de Fortaleza, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo e Meio Ambiente (Seuma), lançou ontem a Cartilha e o Caderno Técnico de Boas Práticas para Calçadas de Fortaleza. Os documentos instruem acerca da padronização de calçadas que melhoram a caminhabilidade - o quanto determinada área é propícia para transitar a pé. Eles compõem a segunda fase de produção do Plano Municipal de Caminhabilidade de Fortaleza (PMCFor).
De acordo com a coordenadora de Políticas Ambientais da Seuma, Edilene Oliveira, Fortaleza é a primeira cidade do País a desenvolver um Plano Municipal de Caminhabilidade, a ser entregue em 2019. Até o fim deste ano, a Prefeitura produziu os dois primeiros documentos do projeto. São eles o Projeto Piloto do Plano de Caminhabilidade e o Caderno de Padrões Municipais para Calçadas e Passeios, no qual estão inseridos o caderno técnico e a cartilha.
O caderno técnico é voltado para profissionais especializados, como arquitetos e engenheiros, que devem seguir a padronização ao construir ou requalificar calçadas na Capital. Já a cartilha é uma alternativa didática para pessoas leigas no assunto.
A Seuma está planejando o cronograma para implementação do PMCFor na Rua Carlos Amora, bairro Parangaba, que servirá como área-teste dos modelos apresentados no plano.
A Cartilha e o Caderno Técnico de Boas Práticas para Calçadas de Fortaleza pode ser acessado pela internet em http://bit.ly/caminhabilidadefortaleza.
Potenciais impactos
> Acessibilidade viária - Com a padronização, as calçadas terão recursos necessários para que pessoas com deficiência possam transitar livremente. Rampas, pisos táteis e materiais e cores dos revestimentos são essenciais para pessoas com mobilidade reduzida e deficiência visual.
> Segurança Pública - As vias movimentadas são mais seguras. Portanto, ao oferecer calçadas de melhor caminhabilidade, o plano estimula a ocupação da cidade pelos cidadãos.
> Atividade Econômica - A probabilidade de pessoas entrarem em comércios enquanto caminham é maior do que quando a locomoção é por carro. Ao pedestre, o interior das lojas é visível e convidativo.
> Saúde Pública - Caminhar, além de ser um exercício, ajuda a reduzir a emissão de poluentes e de gases prejudiciais à camada de ozônio produzidos pelos automóveis. Também diminui a poluição sonora provocada pelo tráfego de motores, que podem causar problemas cardiovasculares, hormonais e estresse.
> Meio de deslocamento - Mais de 28% das viagens na América Latina se realizam a pé e de bicicleta. O plano prevê faixas livres para locomoção, de no mínimo 1,5 metro, viabilizando maior número de pedestres nas calçadas.