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Fortaleza tem déficit de 54 profissionais do programa Mais Médicos
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Fortaleza tem déficit de 54 profissionais do programa Mais Médicos

| SAÚDE | Dado é da Secretaria da Saúde do Município, em relação à desistência de médicos que abandonaram o programa na Capital
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Fortaleza já perdeu 54 profissionais do Mais Médicos, do total de 230 que já atuaram na Capital desde a implantação do programa federal em 2013. A informação é da secretária da Saúde do Município, Joana Maciel. Ontem, a gestora participou de solenidade com o prefeito Roberto Cláudio no Instituto de Previdência do Município (IPM), onde foram premiadas equipes da atenção primária à saúde pela participação e resultados no Programa Nacional de Melhorias do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica (PMAQ).

 

"Nós chegamos a ter 230 vagas do programa Mais Médico. O Ministério da Saúde, ao longo do tempo, não foi repondo (as vagas). A gente já perdeu 54 profissionais. Agora foram retirados os cubanos, que eram 15, mas esses foram repostos", afirmou Joana.

 

Segundo o gerente da atenção primária à saúde, Rui de Gouveia, apesar das vagas antes ocupadas por cubanos já terem sido preenchidas, Fortaleza tem uma necessidade de maior suporte.

 

Ontem, houve entrega de certificação para seis equipes multiprofissionais da Estratégia Saúde da Família (ESF), que representaram todas as 110 premiadas, em reconhecimento por atingirem os melhores resultados no PMAQ, de acordo com as diretrizes preconizadas pelo Ministério da Saúde. 

 

Além de certificado, os profissionais que aderem voluntariamente ao programa recebem incentivo financeiro.

 

O programa compreende um conjunto de ações voltadas para a melhoria do acesso à saúde e da qualidade da assistência no SUS. Como exemplo, pode-se citar cuidados no pré-natal; consultas de puericultura no primeiro ano de vida; acompanhamento dos pacientes diabéticos e hipertensos.

 

"São fatores que melhoram a assistência, o acesso das pessoas que mais necessitam e, consequentemente, melhora a adesão ao tratamento e diminui a quantidade de pacientes descompensados. Diminui a quantidade de idas às emergências, de hospitalização. Reduz o custo com a saúde", esclarece Rui.

 

Atualmente, Fortaleza conta 464 ESF. Contudo, de acordo com Rui de  Gouveia, 101 destas não estão completas. As equipes, quando completas, são formadas por médicos, enfermeiros, dentistas, agentes comunitários de saúde, técnicos de enfermagem e técnicos de saúde bucal.

 

"Se nós completarmos todas as equipes, conseguiremos chegar a uma cobertura de 67%. Nenhuma grande capital do Brasil tem essa cobertura. Atualmente, a cobertura é em torno de 61%. A ideia é que, a medida em que outros planos alternativos forem surgindo, a gente amplie também o número de equipes no total", explica o gerente.

 

Na solenidade, também foi anunciada a criação da Bolsa Complementar de Estudos e Pesquisa para os residentes da especialidade médica "Medicina de Família e Comunidade". A bolsa deverá quase duplicar o valor atualmente recebido pelos residentes dessa especialidade. Serão oferecidas 30 bolsas, que custarão cerca de R$ 300 mil ao município, segundo a secretária da Saúde.

 

Para o prefeito Roberto Cláudio, as iniciativas são uma forma de fortalecer a atenção básica. "A gente está estudando outros caminhos. Mas é preciso também atrair o interesse da categoria para a medicina de família, que é o eixo principal do cuidado médico. Sistematicamente, se tiver uma boa medicina de família, descentralizada, a atenção primária vai acontecer com muito mais eficiência. Os próprios médicos especialistas vão receber pacientes muito bem triados, muito melhor acompanhados", frisa Roberto Cláudio.

 

Programa

 

O PMAQ engloba as ações voltadas para a melhoria do acesso à saúde e da qualidade da assistência no SUS

 

 

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