Um mês depois, o inquérito policial conduzido pela Delegacia Metropolitana de Itaitinga foi concluído e remetido ao Poder Judiciário, indica a Polícia Civil por meio de nota. De acordo com o órgão, o caso segue em segredo de Justiça. Ao O POVO, o advogado da família, Ricardo Maia, disse que o inquérito confirma que houve estupro de vulnerável. Ele entrará com ação civil contra o Estado por negligência.

[SAIBAMAIS]Questionada sobre investigações de responsabilidades de agentes penitenciários e administrativos, a Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) não informou se o o processo administrativo disciplinar foi concluído, mas indicou que "em relação a conduta dos profissionais de segurança pública e do sistema penitenciário não foi comprovado nenhuma desídia (negligência) sobre os fatos, conforme provas produzidas".

Sobre os três homens que abordaram a família, a CGD nega que tenha realizado diligência e "esclarece que respeita sistema de garantias de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência".

Diferente do relato da mãe da criança, a Secretaria da Justiça e Cidadania (Sejus), em nota, afirma que a vítima "bem como seus familiares, recebem acompanhamento por meio da equipe de assistentes sociais da Sejus, como o Serviço Social do Núcleo de Saúde e o Centro de Referência e Apoio à Vítima de Violência (CRAVV), assim como por articulação com o Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas)".

Sobre ter conduzido vítima e suspeito em um único veículo-xadrez, a Sejus confirmou e disse que os dois não tiveram "contato direto". Após ocorrência, o suspeito foi transferido a outra unidade. A Sejus indica que Procedimento Operacional Padrão (POP), instaurado no dia 10 de outubro, prevê que crianças sejam recebidas em um espaço lúdico e com a presença do responsável legal.