[FOTO1]Para quem trafega de bicicleta pela avenida 13 de Maio, o aumento da malha cicloviária em ruas paralelas funcionará como alternativa para a via que não tem área designada para ciclistas. A cirurgiã-dentista Ellen Lima, 24, afirma que as novas ciclofaixas implantadas nas ruas Padre Miguelino e Saldanha Marinho vão melhorar o seu trajeto diário. "Mesmo que seja um pouco mais longe, vou optar sempre por onde tenha ciclofaixa". Os trechos farão parte da integração dos bairros Messejana, José Bonifácio e Centro.
Começando na rua Sousa Girão, a ciclofaixa que passa pelas ruas Coronel Sólon e Saldanha Marinho tem 0,9 km de extensão e termina na rua Barão do Rio Branco, onde também existe ciclofaixa em direção ao Centro. Já a infraestrutura cicloviária implantada nas ruas Padre Matos Serra e Padre Miguelino tem 1,1 km e vai até a rua Senador Pompeu, onde o ciclista pode continuar na ciclofaixa em direção à avenida 13 de Maio.
No entanto, o quarteirão entre as ruas Senador Pompeu e Barão do Rio Branco receberá ciclorrota, que apenas indica preferência aos ciclistas na via.
De acordo com Gustavo Pinheiro, engenheiro da Secretaria Municipal de Conservação e Serviços Públicos (SCSP), foi escolhido implantar ciclorrota no trecho devido a proximidade com o Colégio Farias Brito, que influencia no trânsito de carros e pedestres. "Lá, os carros já trafegam com menor velocidade e param para embarque e desembarque de passageiros". Para Ellen, a ciclorrota é menos segura e mais facilmente desrespeitada pelos veículos.
Quando questionado sobre uma possível ciclofaixa na avenida 13 de Maio, Gustavo explica que, a princípio, a Prefeitura ainda não consegue implantar. "É uma via de duas faixas com muito tráfego, muitas linhas de ônibus e canteiro central estreito. Estamos estudando, mas não é algo tão simples", afirma.
Ellen, que usa a bicicleta como modal há dois anos, relata que não sente dificuldade de passar pela avenida, pois os veículos geralmente andam em baixa velocidade devido aos engarrafamentos, mas reconhece que o local é estreito para uma infraestrutura cicloviária.
Com a conclusão das obras da Aguanambi, ainda sem previsão, a ciclovia de 4 km da avenida fará parte da integração entre Messejana e Centro, junto com o corredor exclusivo de ônibus, possibilitando mais trajetos.
O trecho da BR-116 a ser municipalizado também deve receber ciclovias, quando a transferência de responsabilidade for concretizada, de acordo com o engenheiro da SCSP.
Ainda em fase de implantação, não há sinalização nas ciclofaixas do bairro José Bonifácio. Faltam placas, pinturas no asfalto e tachões refletivos, que ajudam na divisão entre a área do ciclista e dos veículos. Segundo Gustavo, ainda nesta semana ps últimos ajustes devem ser feitos. Ele não especificou quantas pessoas são esperadas para o tráfego no local.
A secretaria aponta que, em breve, as ruas Castro e Silva, Joaquim Nabuco, Osvaldo Cruz e a avenida Oliveira Paiva também receberão estruturas cicloviárias.
PRÓXIMAS
Novas estruturas cicloviárias serão instaladas nas ruas Castro e Silva (Centro), Joaquim Nabuco (Dionísio Torres/Aldeota/Meireles), Osvaldo Cruz (Dionísio Torres/Aldeota/Meireles) e na avenida Oliveira Paiva (Cidade dos Funcionários/Parque Manibura).
Números
244,8 km de rotas ciclísticas compões a malha viária de Fortaleza
137 km é o total das ciclofaixas de Fortaleza, que tem ainda 103,7 km de ciclovias e 4km de ciclorrotas
22 km de infraestruturas cicloviárias na Capital foram implantadas em 2018
400 km de rotas específicas ou preferenciais para ciclistas devem ser instaladas até 2020, de acordo com o Plano Cicloviário adotado em 2014