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Análise: Fiscalização e a política "amigável"
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Análise: Fiscalização e a política "amigável"

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Sinalizar e preservar vias públicas, educar a população para a boa convivência nas ruas, ordenar o trânsito, fiscalizar desobediência às regras de circulação e colher estatísticas para estudo e direcionamento de políticas públicas são deveres também municipais desde 1997, quando foi instituído o Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Deveres. Responsabilidades.

Mesmo assim, no Ceará, só 67 municípios têm departamento próprio de trânsito, o que abarca 36,4% do Estado. O restante, no caso a maioria (63,3%), das prefeituras, venda os olhos para esse assunto.

Pode-se elencar diversas razões para esse desinteresse, apesar de ninguém afirmar com convicção nenhuma delas. Ouvi, por exemplo, durante a apuração desta reportagem, que poderia ser desconhecimento da obrigatoriedade, falta de verba ou até falta de empenho do gestor municipal em concluir o processo de municipalização. Por outro lado, ouvi também que, por não ser uma política "amigável" ? a tal "indústria da multa" ?, raramente um prefeito se interessaria em fiscalizar. Melhor bancar o benfeitor que "arranja" ambulância.

 

 

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