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Casa da Mulher Brasileira busca difundir serviço
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Casa da Mulher Brasileira busca difundir serviço

| Couto Fernandes | Centro é referência para atendimento de vítimas de violência doméstica
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Em alusão ao Dia Internacional da Não Violência Contra as Mulheres, a Casa da Mulher Brasileira (CMB) realizou atividades especiais com o objetivo de informar à comunidade sobre a existência do centro, que reúne atendimento policial, jurídico, psicológico e assistencial para a vítima de violência doméstica. No evento foram oferecidos serviços jurídicos e de odontologia, além de emissão de documentos (RG e CPF). Além disso, ocorreram oficinas e exposições de artesanato, aulas de defesa pessoal e de zumba e corte de cabelo.

 

A coordenadora da CMB, Daciane Barreto, ressalta que a instituição já atendeu mais de 5 mil mulheres em apenas cinco meses de funcionamento. A estimativa é de amparar 11 mil mulheres vítimas de violência por ano.

 

A professora de atendimento educacional especial Luiza Bandeira acompanhou alunos de ensino médio da rede estadual que foram conhecer o espaço, localizado na Rua Teles de Sousa, s/n - bairro Couto Fernandes. O intuito é que eles divulguem a existência da Casa da Mulher Brasileira para familiares e para a comunidade. A professora comenta que um grupo de meninas foi levado ao local no dia da inauguração, e que essa foi a vez dos meninos.

 

"Na escola, esse é um assunto muito discutido em sala de aula. Hoje, o índice de violência é enorme, e é importante que os meninos se informem sobre isso (o atendimento à mulher) também".

 

De acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil registra 606 casos de violência doméstica e 164 estupros por dia. E o Ceará, em 2017, foi o terceiro estado com maior taxa de feminicídios, com 7,6 mortes por mil habitantes, segundo a mesma entidade.

 

O Núcleo de Atendimento Humanizado (NAH) da Universidade Estadual do Ceará (UECE) também participou do evento, realizando nos dias 22 e 23 o 2° Seminário de Violência de Gênero na Universidade: Interseccionalidade de classe, raça e diversidade sexual.

 

O NAH surgiu em março de 2017, após denúncias de casos de assédio na Uece em 2016. Ele acolhe mulheres vítimas de violência nos campus universitários e as encaminha aos órgãos competentes. Faz ainda atendimentos de ordem psicossocial, com apoio de profissionais de Serviço Social e Psicologia. O núcleo já encaminhou 50 mulheres para a CMB ? inaugurada no fim de junho, entre elas estudantes, professoras e servidoras.

 

Amanhã, 25, é o Dia Internacional da Não Violência Contra as Mulheres. A data foi estabelecida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa Mirabal, assassinadas em 1960 pelo ditador da República Dominicana Rafael Leônidas Trujillo, por lutarem pela democracia.

 

ATIVISMO

 

As atividades na Casa da Mulher Brasileira fizeram parte da campanha internacional 16 dias de Ativismo Contra a Violência de Gênero, criada pelo Centro de Liderança Global de Mulheres (CGWL), que vai de 25 de novembro a 10 de dezembro.

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