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74,2% dos inscritos comparecem ao primeiro dia de provas no Ceará
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74,2% dos inscritos comparecem ao primeiro dia de provas no Ceará

| ENEM 2018 | Dos 328.591 mil inscritos no Estado, 84.776 não realizaram o teste. País teve a menor taxa de ausentes no primeiro dia de prova desde 2009, segundo o Inep
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O Ceará apresentou 74,2% (243.815) de candidatos presentes no primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Ontem, dos 328.591 inscritos, 84.776 (25,8%) se ausentaram do teste no Estado. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Enem 2018 teve o menor percentual de ausentes no primeiro dia de prova desde 2009, quando passou a ter dois dias de aplicação. Dos 5.513.749 milhões de inscritos, 4.139.319 (75,1%) compareceram e 1.374.430 ( 24,9%) faltaram ao teste no País.

 

Muitos dos candidatos que se submeteram ao teste na Universidade Estadual do Ceará (Uece), campus Itaperi, chegaram cedo. Por volta das 10h30min, centenas já esperavam a abertura dos portões, ávidos por identificar o mais rápido possível o bloco onde fariam a prova e, também, por sair debaixo do sol escaldante.

 

Às 11 horas, quando os portões foram abertos, muitos tiveram dificuldade de encontrar seus blocos. A reportagem percorreu as dependências da universidade mas, fora dois ou três vigilantes na entrada, não parecia haver ninguém apto a orientar os participantes. Uma garota que, de tão ansiosa, não chegou a conceder entrevista ao O POVO, era quem, de posse do mapa do campus, conseguia ajudar de alguma forma quem surgia com dúvidas.

 

Felipe Silva, 19 anos, apesar de nervoso, ajudava a diminuir o nervosismo dos outros candidatos perguntando se eles já portavam tudo o que precisavam para fazer a prova. "Trouxe identidade? Tem caneta? Pois vai lá, boa sorte", incentivava. Isso porque ele mesmo esqueceu a carteira de identidade e precisou ser "salvo" pela mãe, que foi ao campus deixar o documento.

 

"Pensei até que ela (a mãe) não vinha deixar, que ia era brigar comigo. Ela brigou, mas veio deixar", conta. É a quarta vez que Felipe se submete ao Enem. Ele precisa de pontuação suficiente para cursar medicina numa universidade pública. "Tenho que tirar no mínimo 920. Já quase consegui. Estudei seis meses (segundo semestre do ano passado), mas depois parei porque tava trabalhando (começou neste ano)", explica.

 

Depois do fechamento dos portões, ao meio-dia, quase ninguém tentou entrar. Exceto por Camila e Ana Martins, 45 anos. Camila não quis dar entrevista. Disse apenas que se atrasou devido a um problema na moto.

 

Ana, que é modelista e quer cursar moda, alegou, por outro lado, que achava que, na verdade, os portões abririam às 12 horas. "Por que não informaram direito que seria 12 horas lá mas que, aqui, em Fortaleza, não? Ceará não tem horário de verão. No ano passado foi 12 horas, por isso que cheguei aqui, hoje, nesse mesmo horário. Próximo domingo nem adianta, né? Não fiz hoje, não vou fazer só metade da prova".

 

A psicóloga Thaís Ramos, 24, faz parte do Crucampus, grupo de cristãos que se reúne na Uece e que, desde o ano passado, distribui abraços e orações no dia do Enem. "É uma forma de apoio. As pessoas chegam, às vezes, sem conseguir se organizar, ansiosas, tendo perdido horário. É um momento em que eles correm pra gente numa forma de se tranquilizarem", explica Thaís.

 

1º dia

Ontem, os inscritos fizeram provas de linguagem, ciências humanas e redação. No próximo domingo, dia 11 de novembro, serão aplicadas as provas de ciências da natureza e matemática.

 

O POVO no Enem

 

Prova traz texto de Ana Miranda

Uma das questões de Ciências Humanas e suas tecnologias, na prova de ontem do Enem, trazia um trecho de um texto da escritora Ana Miranda, publicado no O POVO em 10 de junho de 2015. Para ler o texto completo, pode acessar bit.ly/OPOVOnoEnem

 

 

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