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Venezuelana em condições análogas à escravidão é resgatada no Ceará
CIDADES

Venezuelana em condições análogas à escravidão é resgatada no Ceará

| JUAZEIRO DO NORTE |
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Tipo Notícia
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O Ministério Público do Ceará (MPCE) anunciou o resgate nesta terça-feira, 9, de uma venezuelana de 18 anos que era mantida em condições análogas à escravidão em Juazeiro do Norte nesta terça-feira, 9.

 

A jovem não recebia salário e não tinha acesso apropriado a banheiro e alimentação. A condição perdurou por três meses. A brasileira que mantinha a jovem foi presa em flagrante pela Polícia Civil.

 

O MPCE afirma que a venezuelana veio para o Ceará a trabalho por meio de ONG chamada Fraternidade sem Fronteiras. A princípio, o trabalho era de serviços domésticos com salário mínimo de remuneração, moradia e alimentação.

 

Ainda de acordo com o MPCE, a vítima já está sob proteção. O retorno aos familiares, que estão em Roraima, já foi providenciado. A situação dela no Brasil é regular, com autorização da Polícia Federal, carteira de trabalho assinada e Cadastro de Pessoa Física (CPF).

 

A promotora de Justiça responsável pelo caso, Juliana Mota, diz que a própria vítima procurou o MPCE para denunciar, informando o endereço em que estava e as condições às quais foi exposta.

 

No local, diz Juliana, a senhora brasileira entrou em contradições ao responder questionamentos das promotoras - além de Juliana, esteve na operação Alessandra Magda. A mulher demonstrou nervosismo, subindo, inclusive, o tom da voz contra a promotora.

 

"Tentou até mentir. Ela disse que a venezuelana estava lá procurando trabalho e ela tinha apenas dado abrigo", afirma Juliana. E completou: "Perguntei onde ela (a vítima) dormia e ela (a brasileira) mostrou um quarto de casal". Após outros questionamentos, as equipes concluíram que a jovem dormia numa rede armada numa biblioteca da casa.

 

Além de prestar serviços na residência em que dormia, ela trabalhava em chácara nas imediações. A propriedade, conforme a promotora, seria de parente da brasileira presa.

 

O MPCE optou por não divulgar os nomes da brasileira e da venezuelana por acreditar que existam outros casos de mesma natureza no Ceará.

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