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Prefeitura deve colocar chips em 3 mil animais que forem adotados
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Prefeitura deve colocar chips em 3 mil animais que forem adotados

| CONTROLE | Cães e gatos adotados receberão dispositivo para identificar quem é o tutor. Um dos objetivos é evitar o abandono
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A primeira Virada Animal de Fortaleza, começou ontem na Praça José Bonifácio (Centro) com anúncio de melhorias para controle de animais em Fortaleza. A principal medida é implantar chips de identificação em cada bicho ao ser adotado, com histórico de vacinação e dados dos tutores. A Virada Animal segue até o dia 10, com atendimento veterinário e feira de adoção, entre outras atividades.

 

A Prefeitura adquiriu três mil chips e dez leitores digitais. A Capital se torna a única cidade do País a oferecer o microequipamento gratuitamente aos tutores adotantes Curitiba tem o serviço, mas com custo reduzido ao tutor de R$ 9. 

 

Segundo Toinha Rocha, titular da Coordenadoria Especial de Proteção e Bem Estar Animal de Fortaleza (Coepa), novos sete mil chips devem ser comprados até o fim do ano. "O animal não é uma mercadoria. É um ser vivo, que sente fome, sede, sente carinho. O chip é para identificar o tutor, caso o animal fuja ou em situação de abandono".

 

Ela afirma que o dispositivo registra informações do tutor, como endereço, telefone, e do animal, como o nome e as vacinas que recebeu. Isso possibilitaria, em casos específicos, punir o responsável pelo abandono e, por outro lado, encontrar o tutor em caso de fuga do bicho. Até o fim desta gestão municipal, em 2020, a ideia é que 20 mil animais recebam o chip, que tem preço médio de R$ 20. "Não é tão barato, mas é um investimento. Fortaleza é o único município que faz consultas e a chipagem a custo zero para o tutor". A Coepa está em busca de parcerias para ampliar o projeto.

 

O cuidado que a sociedade tem com os animais revela qual o nível civilizatório que ela atingiu, define Luiz Alberto Sabóia. Secretário-executivo de Conservação e Serviços Públicos, ele indica que a população de animais de rua na Capital é estimada em 60 mil. "Temos um trabalho efetivo de castração, de consultas com o Vetmóvel. As pessoas precisam ter consciência que o abandono do animal é crime federal", ressalta. O Lei de Crimes Ambientais prevê pena de um a quatro anos de prisão e multa. 

 

Vânia Mesquita, da ONG Roda Viva, aproveitou a Virada Animal, que  prossegue até o dia 10, para divulgar o trabalho que vem desenvolvendo na organização com animais com deficiência. A ONG produz cadeirinhas para animais que não conseguem andar, por conta de acidentes ou doenças, vendendo a preço de custo. "O mais importante é a conscientização. Esses animais ficam paralíticos e eram automaticamente descartados. Hoje, com as cadeirinhas, temos feito conscientização e conseguido a adoção para muitos deles".

 

AÇÕES

 

A Virada Animal prossegue até o dia 10 em quatro locais: Praça José Bonifácio, Praça do Ferreira, Shopping Benfica e avenida Beira Mar. Veja a programação em: bit.ly/viradaanimal2018

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