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Serão, ainda este ano, definitivas as intervenções que modificam o entorno do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura para reduzir o espaço dos automóveis e priorizar a circulação de pedestres e ciclistas. A decisão da Prefeitura de Fortaleza se assemelha à tomada ano passado para a Cidade 2000, quando, da mesma forma, para redesenhar urbanisticamente um trecho do bairro, foram testadas antes as mudanças e solicitado à população que opinasse sobre a permanência.

Pela pesquisa feita pela Prefeitura e pela Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária no caso Dragão do Mar, cujo entorno, na Praia de Iracema, foi redesenhado experimentalmente há aproximadamente dois meses, 73% dos entrevistados consideraram ótimas as intervenções, enquanto que 17,3% acharam boas, 6,4%, medianas, 1,2%, fracas, e 2%, péssimas.

A mesma pesquisa revelou que 97,2% das pessoas que experimentaram o "novo" Dragão do Mar acreditam que o pedestre deve ser priorizado na região. Também, 50% dos entrevistados responderam que, antes do projeto, achavam o trânsito lá péssimo ou fraco. Realidade que mudou depois do "Cidade da Gente". Agora, 47,9% acham que o trânsito está ótimo, 27% que está bom, 13%, mediano, 5,7%, fraco, e 5,9%, péssimo.

Antes das intervenções, "tinha poucas crianças frequentando aquele espaço", 

o que consistia num indicativo problemático, segundo Beatriz Rodrigues, consultora de desenho urbano da Bloomberg, porque "crianças frequentando é muito importante pra sentir se aquele espaço é seguro. Pais não deixam crianças brincarem num lugar que não acham seguro. Nem levam pra lá".

Beatriz assegurou que, até o fim deste ano, todos os mobiliários urbanos que foram postos de forma experimental no espaço serão aperfeiçoados ou trocados para serem permanentes. "O 'Cidade da Gente' nasceu pra ser projeto de segurança viária, mas, no fim, acabou sendo de ativação do espaço público", concluiu a consultora.

Mudanças no tráfego também devem ser feitas até dezembro. "A gente não quer tirar os carros da área, muito menos o transporte público, mas o transporte de carga vai ter uma alternativa. Não vai ser imediato, mas, até o fim do ano, deve funcionar um desvio pela (avenida) Alberto Nepomuceno", adiantou Beatriz.