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Médicos alertam sobre obrigatoriedade de consultas pré-anestésicas
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Médicos alertam sobre obrigatoriedade de consultas pré-anestésicas

|Prevenção|A resolução do Conselho Federal de Medicina foi publicada em fevereiro deste ano. Evento na Praça do Ferreira alertou sobre mudança
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A obrigatoriedade da consulta pré-anestésica é recente e foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) somente em fevereiro deste ano. Algumas unidades, como o Hospital Universitário Walter Cantídio (HUWC), da Universidade Federal do Ceará (UFC), no entanto, já realizam o atendimento desde 2015. A Cooperativa dos Médicos Anestesiologistas do Ceará (Copanest) montou, na manhã e tarde de ontem, uma tenda na Praça do Ferreira para esclarecer dúvidas da população sobre a necessidade da ida ao anestesista antes de cirurgias programadas.

 

A consulta pré-anestésica, segundo o presidente da Copanest, Casimiro Dutra, é fundamental para que sejam averiguados possíveis problemas durante o procedimento cirúrgico e fazer com que eles sejam evitados.

 

Verificar o grau de açúcar no sangue para diabéticos, aferir a pressão arterial para hipertensos são procedimentos fundamentais para evitar que ocorram problemas. Mas não só. Reações alérgicas, por exemplo, devem ser informadas ao profissional. "O atendimento com o anestesiologista deve ser feito com, no mínimo, uma semana de antecedência", avisa Dutra.

 

Pensionista que mora no Jardim Iracema, Eduína Pereira de Sousa, 67, já precisou duas vezes ser submetida à anestesia. A primeira, para tirar uma pedra no rim e a segunda, durante o parto cesário. "As vezes que eu precisei de anestesia, eu passei mal. E agora eu descobri que é por conta de uma asma que eu tenho. Como nunca tinha feito uma consulta, ficava ruim porque estava com a asma descompensada", avalia. Foi indicado que ela procurasse um pneumologista para tratar da doença crônica bem antes de realizar outra cirurgia eletiva.

 

Há até pouco tempo, a consuta pré-anestésica não era obrigatória, confirma o médico residente do HUWC, Ígor Vasconcelos. Hoje, existe uma luta da classe médica, segundo ele, para que o procedimento seja rotineiro a cada intervenção cirúrgica que precisar da intervenção. Hoje, explica, a anestesia provoca cada vez menos efeitos colaterais no paciente e o risco ocorre somente quando não existe a consulta preventiva sobre alergias.

 

Uma das dúvidas mais frequentes da consulta , segundo Roberta Xavier, médica residente de anestesiologia do Hospital Geral de Fortaleza, é sobre a anestesia rack, um tipo de anestesia aplicada no parto cesariano. "A principal dúvida é se a pessoa pode ficar sem andar ou ter alguma sequela neurológica. Hoje, as anestesias têm aparelhos mais modernos que esse risco é inexistente", garante.

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