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Ventos mais fortes devem continuar até o fim de setembro
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Ventos mais fortes devem continuar até o fim de setembro

| EM TODO O ESTADO | A partir de outubro, as rajadas vão perdendo intensidade, mas seguem até novembro. Ventos ajudam a diminuir sensação térmica
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Setembro é o primeiro mês do B-R-O Bró, período dos últimos meses do ano, marcado por temperaturas mais elevadas. Os ventos de agosto, porém, se estenderam para setembro e estão fazendo com que o calor esteja mais ameno. Conforme o supervisor da Unidade de Tempo e Clima da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), Raul Fritz, os ventos mais fortes devem continuar até o fim do mês, com velocidades de até 60 km/h.

 

Durante setembro, a velocidade dos ventos varia, sendo alguns dias de fortes rajadas e outros de intensidade moderada. Dados das Plataformas de Coleta de Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (PCDs do Inmet) apontam que, desde domingo até o fim da manhã de ontem, a cidade cearense monitorada pelo Inmet em que o vento foi mais intenso foi Tianguá, com rajadas de 28,44 km/h. Jaguaribe vem na sequência, com 23,04 km/h. A Capital teve ventos de 11,16 km/h.

 

Fritz explica que os ventos que seguem até novembro perdendo intensidade gradativamente diminuem a sensação térmica, fazendo com que as temperaturas mais altas do período não sejam sentidas com tanta intensidade.

 

A sensação térmica deve piorar em dezembro, apesar de as temperaturas não serem tão altas quanto durante os três meses anteriores. O que ocasiona isso é a alta umidade do ar, própria da pré-estação chuvosa, e a baixa incidência de ventos desse período.

 

A situação para o fim do ano pode ser pior devido ao El Niño, que tem 70% de probabilidade de se estabelecer até dezembro. O fenômeno altera a circulação atmosférica, ocasionando pressões mais altas, o que dificulta a formação das nuvens de chuva e tende a permitir que as temperaturas fiquem mais altas.

 

O El Niño pode, inclusive, influenciar negativamente a quadra chuvosa de 2019, ocasionando precipitações abaixo da média histórica. O efeito será mais sentido caso o fenômeno, que normalmente dura mais de três meses, se estenda para o próximo ano. "No início da quadra chuvosa não tem tanta influência. Se a partir de março ele começar a se dissipar, é bom para a gente", comenta Fritz.

 

Apesar da possibilidade do El Niño ocorrer, ainda é cedo para fazer um prognóstico da quadra chuvosa para o ano que vem. O meteorologista explica que a temperatura dos oceanos Atlântico e Pacífico é determinante para a qualidade da estação chuvosa e que esse fator só poderá ser medido nos primeiros meses de 2019. A intensidade do El Niño, que não tem como ser calculada antes de sua ocorrência, também terá influência.

 

FENÔMENO

 

Setembro "herdou" os ventos de agosto, condição que perde intensidade em outubro e novembro. Em dezembro, a sensação térmica piora com a alta umidade do ar e a falta de rajadas.

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