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Daqui a dois anos, Fortaleza será a Capital do País com a maior quantidade de quilômetros de ciclovias e ciclofaixas se comparado proporcionalmente à extensão da malha viária. Hoje, a Cidade possui cerca de 4.400 quilômetros de ruas e avenidas e 238,7 quilômetros de rotas ciclísticas. Em 2020, a extensão destinada às bicicletas deve chegar a 400 quilômetros. E esses caminhos devem ser direcionados, prioritariamente, às regiões mais periféricas da Cidade, como o bairro Siqueira e o Bom Jardim. Em setembro, mês da mobilidade, O POVO levanta a discussão sobre a locomoção na Cidade. No próximo dia 22 é o Dia Mundial sem carro.
[SAIBAMAIS]
Murilo Viana, 28, nunca teve automóvel. Para ir de onde mora, no Rodolfo Teófilo, ao trabalho, no Campus do Pici, o servidor público escolheu um tipo deslocamento não poluente, que não fica preso em engarrafamentos, de baixo custo e, ainda, com o qual pode fazer exercícios. Essa maravilha se chama bicicleta e a mudança, do ônibus para a "magrela" que ele fez na saúde e bem estar custou somente R$ 200. "Faz três anos que eu uso bicicleta. Não vou para todo canto, algumas vezes pego carona. Mas a maioria dos locais que eu ando é de bike. Para o trabalho, para a praia, para fazer compras, encontrar amigos na Praia de Iracema", descreve.
O jovem tem a sorte de ter ciclovias em quase todos os caminhos pelos quais precisa passar. A Cidade tem, em toda sua extensão, apenas cerca 9% de rotas para bicicletas em relação ao tamanho da malha viária. De acordo com Luiz Alberto Saboia,secretário-executivo de Conservação e Serviços Públicos (SCSP), quando o prefeito Roberto Cláudio assumiu, a Cidade tinha cerca de 60 quilômetros de rotas ciclísticas. Agora, com quase quatro vezes esse número, o intuito é a expansão. "Fizemos a ciclofaixa na (rua) Nereu Ramos (no bairro Itaperi) e há projetos para desenvolver e estimular mais o trânsito de bicicletas", determina.
O projeto de bicicletas compartilhadas, por exemplo, deve receber um reforço para áreas com menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), como o Bom Jardim e a Vila Velha, informou o secretário-executivo. O prazo é até o início de 2019. Já a expansão das linhas de ônibus deve se focar, nos próximos meses, nas regiões da Cidade para onde o fluxo de veículos é maior. A avenida Duque de Caxias e as ruas Pedro Primeiro e Clarindo de Queiroz, por exemplo, estão sendo avaliadas para receber um trinário, ou seja, a maior via, a avenida funcionará no sentido norte e as outras ruas terão o sentido sul. A ideia de um trinário é avaliada e apontada como solução pela Prefeitura desde 2017.
Zeladora no Bairro de Fátima, Rita de Cássia Sousa, 42, pega, todos os dias, pelo menos, três ônibus em um só trajeto: apanha o ônibus Sítio São José, vai até a avenida Aguanambi; em seguida, pega qualquer um dos ônibus que cruze a 13 de maio e, lá, precisa ir ainda em outro coletivo até o trabalho. "Pelo menos eu rodo esse caminho todo com uma passagem só", reflete.
SERViço
Mês da Mobilidade
Bike Anjo - Oficina de Mecânica e Roda de Conversa para Mulheres
Quando: dia 13 (quinta), das 19 às 22 horas
Onde: Casa Cavilosa (rua Fiscal Vieira, 3159 - Joaquim Távora)
Pedal das Minas
Quando: dia 15 (sábado), a partir das 15 horas
Onde: saída da Estátua de Iracema Guardiã (Av. Beira-Mar,1140 - Meireles)
Rota da Mobilidade
Quando: dia 29 (sábado), a partir das 15 horas
Onde: Praça da Imprensa (avenida Desembargador Moreira, esquina com Antônio Sales - Dionísio Torres)