Logo O POVO+
Temperatura do planeta pode aumentar até 4 graus até fim do século
CIDADES

Temperatura do planeta pode aumentar até 4 graus até fim do século

| FUTURO | Reduzir emissão de gases poluentes e investir em fontes renováveis de energia são medidas necessárias
Edição Impressa
Tipo Notícia Por
NULL (Foto: )
Foto: NULL

[FOTO1] 

A temperatura da Terra deve aumentar quatro graus até o fim do século, caso não seja cumprido o acordo de Kigali (Ruanda) tratado assinado em 2016, em que 200 países se comprometeram em reduzir a emissão de gases poluentes. O descumprimento significa, segundo o professor Reindert Haarsma, do Instituto Holandês de Meteorologia, que parte significativa das zonas costeiras de todo o mundo sumiria do mapa.

 

O pesquisador é um dos convidados da Escola de Primavera Austral sobre Mudança Climática e Conservação Marinha de Fortaleza (Fortaleza's Austral Spring School on Climate Change and Marine Conservation), que acontece até o próximo dia 14, no prédio anexo ao Instituto de Ciências do Mar (Labomar), da Universidade Federal do Ceará (UFC). Haarsma defende que o cenário é um dos mais negativos, porém bastante possível.

 

Uma coisa é certa: não será mais possível conseguir deixar de aquecer os oceanos. Porém, a ampliação do uso de fontes de energia renováveis, como estações eólicas e solares, são caminhos possíveis para reduzir o ritmo do aquecimento.

 

Um dos caminhos para que o processo de subida da temperatura não seja tão desastrosa é a burocracia impeditiva americana, segundo o professor Jerry Miller, componente do Escritório de Ciência e Política para os Oceanos da Casa Branca (EUA) e assessor na gestão do ex-presidente Barack Obama. 

 

"Reclamava que leva tempo para fazer qualquer coisa no governo. Agora, estou muito feliz. Significa que leva mais tempo para Trump alterar coisas que mudamos durante a administração de Obama".

 

Sete anos atrás, Miller compôs a equipe que elaborou o auxílio americano de resgate no desastre nuclear de Fukushima, no Japão. "Ninguém podia esperar pelo tsunami ou que iria afetar tanto os reatores nucleares", aponta. Ele disse ter visto muita água nos equipamentos de reação e sabia que a água iria acabar indo para o oceano. Foi quando teve a ideia de elaborar um plano para ajudar os japoneses e saber quais informações seriam necessárias. "Tinha que pensar como íamos comunicar isso ao público. Um problema foi o curto prazo de trabalho para o japoneses em comunicar uma possível contaminação das áreas de pesca", relembra.

 

O que você achou desse conteúdo?