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Médicos fazem paralisação contra retirada de seguranças nos postos
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Médicos fazem paralisação contra retirada de seguranças nos postos

| Saúde |As atividades voltam hoje. Nos próximos dias 17 e 18, atendimento deve ser novamente suspenso. Médicos reivindicam reajuste salarial e segurança
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Reivindicando, principalmente, a recontratação de seguranças para atuarem nos postos de saúde de Fortaleza, o Sindicato dos Médicos do Ceará puxou uma paralisação da categoria por 24 horas durante o dia de ontem. Sem conseguir um acordo com a Prefeitura, médicos, além de enfermeiros, técnicos de enfermagem e odontólogos, decidiram por nova suspensão no atendimento durante os dias 17 e 18 de setembro. Eles reivindicam ainda reajuste salarial.

 

Os manifestantes se reuniram em frente ao Paço Municipal, no Centro, na manhã de ontem. Segundo o sindicato, aproximadamente mil profissionais aderiram à paralisação. O atendimento na rede municipal, no entanto, não foi suspenso e o impacto foi diferente em cada unidade de saúde.

 

Assaltos aos funcionários, invasões aos prédios e roubo de equipamentos, segundo relatos dos profissionais, são comuns nos postos de saúde. Segundo Edmar Fernandes, presidente do Sindicato dos Médicos, a situação se agravou com a retirada dos seguranças, há cerca de dois meses. A Prefeitura teria alegado, conforme ele, falta de recursos. "A violência é homogênea, em todos os bairros, todos os setores. O estopim foi que a Prefeitura tirou os seguranças dos postos. Se já era perigoso ir consultar, agora ficamos totalmente expostos", explicou, acrescentando que foram enviados dois ofícios para o Município.

 

"Fizeram outras propostas que não contemplam, como treinar os profissionais de saúde para que quando tivesse alguma emergência que caracterize violência, fechar os postos. Mas isso não é o objetivo, a gente quer ir trabalhar e os pacientes precisam do acompanhamento", acrescentou.

 

Outra pauta da categoria é o reajuste de 19% do salário base. Edmar Fernandes afirma que desde 2007 a correção não acompanha a inflação acumulada.

 

O médico Roberto Maranhão trabalha no posto de Saúde Lineu Jucá, na Barra do Ceará. "A gente ter uma segurança, mesmo uma segurança patrimonial, inibe. Havia uma empresa que era contratada pela parte da segurança, mas foram substituídos por um pessoal de portaria, que não cumpre o mesmo papel, não tem o mesmo suporte de segurança para dar uma retaguarda".

 

Durante a manhã de ontem, o Posto de Saúde Miriam Porto Mota, na Aldeota, estava funcionando normalmente. No Posto de Saúde Paulo Marcelo, no Centro, dois dos quatro médicos aderiram à paralisação.

Até o fechamento desta página, a Prefeitura de Fortaleza não respondeu aos questionamentos enviados à assessoria pela manhã.

 

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