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Ceará supera meta de vacinação; Fortaleza e nove municípios não atingem aplicações mínimas
CIDADES

Ceará supera meta de vacinação; Fortaleza e nove municípios não atingem aplicações mínimas

| SARAMPO E PÓLIO | Campanha Nacional de Imunização 2018 segue até hoje. No Estado, mais de 500 mil crianças receberam as doses contra as duas doenças, o que representa 98% da meta. Postos de saúde continuarão a vacinar após a campanha
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O Ceará superou a meta da Campanha Nacional de Imunização contra sarampo e poliomielite de 2018. Até 16 horas de ontem, o Estado tinha imunizado pouco mais de 500 mil crianças entre um e cinco anos, segundo contagem do Data SUS, do Ministério da Saúde. O número representa 98% dos 509. 183 meninos e meninas na faixa-etária alvo para as vacinas.

Dez municípios, no entanto, têm somente hoje para atingir a meta de 95% de crianças imunizadas. Fortaleza está entre eles. A Capital atingiu cobertura vacinal de somente 90,4%, o que representa 125.067 crianças.

 

A cidade de Potengi, a 494 quilômetros de Fortaleza, foi a que obteve a menor cobertura: 69,1% das crianças. Os outros municípios que tiveram menos de 95% de imunização são: Aiuaba (70,6%), Umari (83%), Cariús (86,9%), Orós (87,3%), Tauá (90,7%), Arneiroz (91,2%), Quixeré (92,2%) e Itatira (92,5%).

A médica pediatra Anamaria Cavalcante contabiliza que, em Fortaleza, as regionais 2 e 3 já conquistaram o resultado de cobertura vacinal. 

 

Coordenadora de Políticas e Organização das Redes de Atenção à Saúde, da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Cavalcante diz que a baixa quantidade de imunizações nas dez cidades tem duas explicações: primeiro porque é possível que crianças que morem em Fortaleza tenham se vacinado em cidades fora da Capital; a segunda é que meninos e meninas que moram na divisa com outros estados podem ter se vacinado em unidades da federação  próximas.

 

"Estamos no limite de atingir as metas. Uma dificuldade que temos é que os pais de crianças hoje não conviveram com o terror da poliomielite e do sarampo", informa. Como ex-secretária municipal (de 1989 a 1990) e estadual da Saúde (de 1992 a 1994), ela conta que, nesses anos, o medo da população de perder seus filhos para as doenças era gigantesco.

 

"Quando começamos as campanhas no fim dos anos 1980, elas tinham um apelo enorme por conta das taxas de mortalidade", aponta.

 

Anamaria defende que, o fato de não terem convivido com a poliomielite e  com o sarampo, deixam os pais de crianças de até cinco anos menos temerosos com as doenças.

 

"Durante a primeira campanha contra o vírus influenza H1N1, houve um fluxo impressionante de pessoas por conta do medo. As pessoas brigavam para serem vacinadas", lembra.

 

Números

 

Cidades com menor cobertura vacinal

 

- Aiuaba - 70,6%;

- Arneiroz - 91,2%;

- Cariús - 86,9%;

- Fortaleza - 90,4%

- Itatira - 92,5%;

- Orós - 87,3%;

- Potengi - 69,1%;

- Quixeré - 92,2%;

- Tauá - 90,7%;

- Umari 83%

 

Números Ceará:

Total de crianças entre um cinco anos: 509.183

Poliomielite (Doses Aplicadas) - 500.175

Sarampo (Doses Aplicadas) - 500.458

 

BRASIL

 

A Campanha contra sarampo e poliomielite começou dia 6 de agosto. Segundo o Ministério da Saúde, a média nacional de vacinação em sarampo está em 94,7% e em poliomielite, 93,6%. A meta é imunizar 11 milhões de crianças em todo o País.

 

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