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Túnel da Borges de Melo é motivo de reclamações
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Túnel da Borges de Melo é motivo de reclamações

| SEGURANÇA E MOBILIDADE | Quem transita pela área aponta transtornos em obra entregue há dois meses
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Menos de dois meses após a inauguração, o túnel Eduardo Dourado da Fonte, na avenida Borges de Melo, já é razão de uma série de reclamações: saliências e buracos de bueiros, infiltrações nas paredes e acúmulo de lixo na passagem superior.

 

Além disso, a rua Bartolomeu Gusmão, que passa sobre o túnel, paralela aos trilhos, tem iluminação precária e deixa quem caminha por ela apreensivo.

 

Apesar de haver dois semáforos de pedestres instalados em cada margem do equipamento, a aposentada Leda Matias, 74, reclama não ter como ir do passeio da avenida Borges de Melo até a calçada dentro do túnel. "Os carros faltam passar por cima da gente. 

 

Melhorou o trânsito, isso não tem o que duvidar. Só não pensaram no pedestre".

 

Condutores, aliás, apontam que esses semáforos estão muito próximos às subidas da galeria. Isso atrapalharia a visibilidade de quem trafega pelo equipamento, podendo provocar acidentes. "Deixa a gente sem possibilidade de frear caso o sinal esteja fechado", alega o vendedor Alisson de Sousa, 25, que guiava uma moto pelo túnel na manhã de ontem.

 

Outra reclamação diz respeito à mudança nas paradas de ônibus imediatamente antes e depois da passagem. Linhas de coletivo que vêm dos terminais Parangaba e Lagoa e passam pelo túnel não conseguem parar nesses dois pontos.

 

Em nota, a Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC) esclarece que os semáforos instalados objetivam garantir um deslocamento seguro aos pedestres, "que são um dos agentes mais vulneráveis a acidentes de trânsito". O órgão ressalta que os sinais já existiam e foram desativados durante as obras, e que cerca de 150 pedestres atravessam por hora em cada semáforo. "Ambos dispõem de uma botoeira e ficam verde para os pedestres somente ao serem acionados. Caso contrário permanece livre para o fluxo veicular".

 

Já a Secretaria da Infraestrutura do Ceará (Seinfra) informa que, para garantir a operação do VLT Parangaba-Mucuripe, a faixa de domínio da ferrovia, por onde passam os trilhos (um de carga e dois do VLT) precisa ser isolada. E para permitir que os pedestres cruzem a via férrea de forma segura, pontos de travessia foram definidos "depois da realização de estudos de origem-destino, que levaram em conta, inclusive, o acesso a equipamentos públicos, no sentido de que a operação traga o mínimo possível de impacto no dia a dia das pessoas".

 

Para quem mora nas proximidades da avenida, a travessia segura deve ser feita pela Estação Borges de Melo, que é aberta 24 horas e é sinalizada para pedestres.

 

A assessoria da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) avisa, em nota, que, com a entrega do túnel, as linhas, antes desviadas, retornaram aos seus itinerários oficiais pela Borges de Melo. Devido ao mergulho no túnel, os ônibus que operam nos dois sentidos da avenida tiveram "os pontos redimensionados a uma distância segura para a entrada e saída no túnel".

 

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