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Motoristas e cobradores paralisam trabalho por uma hora no Terminal do Siqueira
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Motoristas e cobradores paralisam trabalho por uma hora no Terminal do Siqueira

| ônibus |Trabalhadores protestaram ontem contra demissões consideradas excessivas. Sintro considera possibilidade de greve. Sindiônibus repudia paralisação
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Motoristas e cobradores de ônibus realizaram ato no Terminal do Siqueira na manhã de ontem. Durante uma hora, os trabalhadores paralisaram as atividades, protestando contra o que classificam como demissão em massa de funcionários da empresa São José, que opera linhas de ônibus em Fortaleza. A empresa nega as informações. 

 

Diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro), Flávio Braz considera a possibilidade de haver greve caso reclamações não sejam atendidas.

 

Um funcionário, que pediu para não ser identificado, afirma que a empresa São José deu justificativas "banais" ao demitir trabalhadores por justa causa, sendo esse o motivo do ato, que teve início às 9 horas. Outro ponto colocado pela categoria é a segurança dentro dos coletivos da Capital. Segundo ele, é atribuído a cobradores e motoristas responsabilidades indevidas. "Semana passada, um carro (ônibus) foi apedrejado depois que um funcionário tentou impedir que pulassem (a catraca)". Ele ressalta que lidar com a situação coloca a vida dos profissionais em risco.

 

"A gente queria passar a realidade da situação para os companheiros. Vamos continuar com esses protestos para reverter esse quadro", afirma Flávio Braz. Ele diz que o sindicato irá avaliar os efeitos do ato de ontem e marcar data para próximas ações. 

 

"Pouquíssimos passageiros não compreenderam (o ato)", diz. O diretor afirma que a possibilidade de greve existe "se continuar dessa forma", mas, por enquanto, serão realizados apenas atos.

 

Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus) afirmou repudiar a paralisação de ontem no terminal do Siqueira.

 

"A ação do Sintro prejudica a população, em especial a parcela que tem o transporte coletivo como seu principal ou único meio de deslocamento, além de ferir a todos os preceitos legais. Há canais de diálogo e meios legais que podem ser utilizados, preservando o pleno atendimento à população", afirma a nota do Sindiônibus.

 

A advogada da empresa São José, Marla Veras, negou que tenha havido demissão em massa. "Apenas demissões normais, que ocorrem todos os meses". Ela não informou os números ou as motivações das demissões, alegando ser "pertinente apenas à prática interna da empresa". (Ítalo Cosme. Colaborou Lucas Barbosa)

 

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