Conforme a denúncia, Wagner Ferreira da Silva teria recebido diretamente de Gilberto Aparecido dos Santos, 48, a ordem para executar Gegê e Paca. Conhecido como Fuminho, Giba ou Magrelo, Gilberto seria o executor das ações determinadas diretamente por Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, líder máximo do PCC, que cumpre pena em uma penitenciária na cidade de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo.
Gilberto é considerado foragido da Justiça desde 1999. Não se sabe o paradeiro do traficante. Além disso, a investigação apontou que, assim como Wagner, Gilberto teve a morte decretada pela cúpula da facção, uma semana após os crimes, por razão não revelada.
Em depoimento, o piloto Felipe Ramos Morais afirmou que, ao justificar os homicídios, Wagner teria dito que as vitimas estariam "desviando quantias milionárias da facção", citando como exemplo a aquisição de buggies no valor de R$ 500 mil. Disse ainda que Gegê e Paca pretendiam levar os cearenses Carlenito e Tiago, considerados importantes para a logística do PCC em Fortaleza, para o Paraguai, onde atuavam.
Entre os denunciados, inclusive, somente Felipe está preso. Ele é mantido na carceragem da Superintendência da Polícia Federal no Ceará, no bairro Aeroporto. O restante do grupo continua foragido.
O processo sobre o caso tramita na 1ª Vara da Comarca de Aquiraz e está sendo relatado por um colegiado de juízes designado pelo Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE). Já a denúncia foi apresentada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e pela Promotoria de Justiça daquele município. (Thiago Paiva)