O indicador socioeconômico das escolas é definido pela posse de bens domésticos, renda e contração de serviços pela família dos alunos, e pelo nível de escolaridade de seus pais.
No 5º ano, a diferença de aprendizagem entre mais ricos e mais pobres é de 11 pontos em Língua Portuguesa e 4 em Matemática. A disparidade, no entanto, cresce à medida em que as séries vão avançando. Apesar de também estar em primeiro lugar no 9º ano, a diferença aumenta. Em Língua Portuguesa, os estudantes com maior nível socioeconômico obtiveram 273 pontos, ao passo que estudantes com menor nível socioeconômico registraram 255. Em Matemática, a diferença é de 44 pontos (veja o quadro). No ensino médio, essa diferença aumenta significativamente, colocando o Ceará em 10º e 13º lugar em Língua Portuguesa e Matemática, respectivamente.
Rogers Mendes, secretário da Educação do Estado, ressalta o papel da escola ao romper com a interferência das disparidades socioeconômicas no aprendizado. "As questões socioeconômicas dos estudantes são fatores que não determinam, mas interferem. A escola precisa ser estruturada para que não reflita".
Tanto no 5º como no 9º ano, os alunos cearenses não só superaram a média nacional como se destacaram entre os municípios que mais cresceram. (Ítalo Cosme/ Especial para O POVO)