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Volume dos reservatórios do Ceará segue em queda, mesmo com chuvas
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Volume dos reservatórios do Ceará segue em queda, mesmo com chuvas

| CEARÁ | Com as chuvas do início da semana, três açudes começaram a sangrar. Cheias, no entanto, não representam aporte significativo no Estado
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Apesar de chuvas expressivas neste início de mês, as precipitações do fim de semana e da última terça-feira, 10, não resultaram em aporte significativo para os reservatórios do Estado. Com as chuvas deste começo de julho, que têm previsão de seguir até hoje, três açudes sangraram, aumentando para cinco os reservatórios no Ceará que superaram a capacidade. Ainda assim, por serem açudes pequenos, o volume percentual do Estado segue baixando. De acordo com a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), presença de chuvas em parte do Estado não reduz a necessidade de economia.


De acordo com dados do Portal Hidrológico, o mês de julho se iniciou com 16,75% da capacidade total. Na noite de ontem, mesmo com as chuvas do fim de semana e de terça-feira, o volume reduziu e chegou a 16,13%.


Mesmo bacias mais beneficiadas, como a Metropolitana, tiveram pequeno incremento, passando de 31,53% no último dia 5 para 31,99% até ontem.


De acordo com Bruno Rebouças, diretor de operações da Cogerh, além de aporte em pequenos açudes, as chuvas não ocorreram em regiões de reservatórios estratégicos, como Castanhão e Orós. “Os açudes que sangraram são açudes de pequeno porte, que têm uma importância estratégica mais local, não é regional. Esses reservatórios também estavam praticamente cheios, em alguns faltavam poucos centímetros para o vertimento, a sangria”, explicou.


Os reservatórios que sangraram após as precipitações foram Itapajé, Itapebussu (Maranguape) e Maranguapinho (Maranguape). As cheias dos três açudes aumentaram para cinco a quantidade de reservatórios em sangria, pois Jenipapo (Meruoca) e Germinal (Palmácia) já se classificavam acima da capacidade máxima. Nos últimos sete dias, os açudes Gameleira (Itapipoca), Itaúna ( Granja) e Jaburu II (Independência) foram os que mais receberam aporte.


Bruno Rebouças reconhece que as chuvas já estão acima do normal histórico para o mês, mas pondera que a quantidade esperada já não é tão alta.


“Por isso, é importante que a população entenda que, apesar das chuvas melhores, ainda estamos com volume muito abaixo do que estávamos em 2012, quando começou a crise hídrica. A gente precisa continuar economizando”, reforça.


Dados preliminares da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) apontam que as precipitações desta primeira semana (19,5 mm) já superaram o esperado para o mês todo (15,4 mm). Ainda conforme a Funceme, a previsão é de chuva nas primeiras horas da manhã de hoje e de céu nublado no restante do dia. 

 

CAMINHO DAS ÁGUAS


As águas do Rio São Francisco devem chegar pela bacia de Jati e serem transferidas via Cinturão das Águas para o açude Castanhão, o maior do Ceará.

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